segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A morta que ajudou a desvendar seu assassinato.


Saudações galera. Na matéria de hoje traremos o caso de Teresita Basa, que se tornou muito conhecido pelo codinome "O espírito vingativo". Segundo essa insólita história Teresita teria sido assassinada, e seu espírito teria auxiliado na captura do seu assassino. Convido os amigos e amigas a conhecer um pouco mais a respeito desse bizarro caso.

Há quem diga que a morte é o fim de tudo, que após o último suspiro não existe absolutamente nada. Mas nós sabemos que mesmo quando a alma deixa o corpo, algo de sua essência permanece. Existem relatos incontáveis que ao desencarnarmos, imediatamente veremos uma luz ou sombras, que haverão de nos levar ao descanso eterno ou a uma próxima existência. No entanto, muitas pessoas se negam a seguir essa luz. Segundo diversas teorias, isso acontece quando o espírito desencarnado continua apegado a esta vida, seja por pendências emocionais, seja por apego material, ou por assuntos não resolvidos. Normalmente, essa conexão torna-se mais forte principalmente se a pessoa morreu de forma inesperada, como em acidentes ou homicídios. Sendo assim, aquela alma só partirá quando conseguir se desconectar desses elos. De modo geral, são casos considerados pelo senso comum como Mistérios Inexplicáveis.

Um bom exemplo é o caso de Teresita Basa.

A morte de Teresita

Teresita Basa era o que se podia chamar de “mulher tinhosa e obstinada”. Nascida nas Filipinas em 1929 ela mudou-se para os Estados Unidos em busca de emprego e de uma vida melhor. Lá trabalhava como terapeuta especializada em doenças respiratórias no Hospital Edgewater, em Chicago, Illinois.

Conhecida por ser uma pessoa reservada e séria, como muitos imigrantes, cheia de esperanças. Ate que no dia 21 de fevereiro de 1977, o Corpo de Bombeiros de Chicago recebeu um alarme de incêndio proveniente de um edifício de apartamentos, no número 2740 da Avenida Pine Grove. Ao chegar, perceberam que o fogo partia do apartamento 15B, onde Teresita morava. Começaram então a lutar com as chamas até vencê-las.

Ao entrar encontraram uma cena dantesca, para a qual certamente não estavam preparados. No chão, jazia o corpo queimado de uma mulher. Ela estava nua e havia uma faca de cozinha cravada em seu peito, e sobre ela, um colchão. Evidentemente estavam em uma cena de crime! A polícia interveio de imediato. Descobriram que se tratava do cadáver de Teresita Basa, 48 anos. A impressão inicial dos policiais era a de que talvez ela tivesse sido assassinada por um namorado desconhecido. Porém, destruída a cena do crime e parte do corpo, devido a ação das chamas, a polícia tinha poucos caminhos para buscar respostas. Sem muitas pistas, o caso foi esfriando-se lentamente, até que se encontrou em um beco sem saída. Não se podia mais avançar nas investigações para descobrir quem acabara com a vida de Teresita.

Espírito da vítima busca justiça

Passados alguns meses, em uma noite, uma mulher chamada "Remy (Remedios) Chua", esposa do Dr. Jose Chua, e companheira de trabalho de Teresita no hospital (ambos também de origem filipina), pareceu dar os primeiros indícios para a solução do crime. A Sra. Remy começou a ter sonhos e visões onde Teresita aparecia para ela. Um dia estava no banheiro de sua casa em Skokie, nos arredores de Chicago, quando entrou em uma espécie de transe. Ao vê-la naquele estava o marido lhe perguntou o que estava acontecendo. A voz que saía de Remy respondeu a ele com forte sotaque filipino, que ela não era sua esposa.

A mulher estava em evidente estado de possessão, e começou a dizer que era Teresita Basa, que havia sido assassinada e que queria que soubessem quem era seu assassino. De início, o Dr Chua não acreditou no que estava acontecendo, pois não parecia verídico que sua esposa estivesse possuída por um espírito, sobretudo pelo espírito de uma colega, que lhes era muito próxima. No entanto, as possessões continuaram acontecendo, e a cada uma delas, Teresita Basa parecia dar mais e mais dados sobre quem pôs fim a sua existência. O Dr. Told Chua decidiu então procurar a polícia, sem desconfiar que sua decisão daria uma volta de 180 graus na investigação.

Uma manhã, os detetives Joseph Stachula e Lee Epplen, investigadores veteranos, receberam uma chamada de um médico que assegurava que sua esposa entrava em estados de transe, e durante esses transes ela se comunicava com o espírito de Teresita Basa. Os detetives também não acreditaram na história, mas aceitaram escutar as gravações que os doutores fizeram das mensagens transmitidas por Teresita, durante as possessões a Remy.

Detetive Joe Stachula
Nessas gravações, Teresita dizia que seu assassino era um jovem chamado Allan Showery, que havia entrado em seu apartamento para instalar um equipamento de televisão, mas que já havia trabalhado como assistente no hospital onde Teresita trabalhava, e que havia roubado suas jóias valiosas, as quais o pai de Teresita havia trazia para sua mãe da França, e que ao ser descoberto, a matou. Teresita também afirmava que Showery havia dado um colar de pérolas a sua amante, colar que havia pertencido à mãe de Teresita.

Allan Showery
A polícia estava impactada e incrédula diante deste tipo de evidência. Disseram então para perguntar a Remy se Teresita havia sido vítima de abuso sexual. A resposta foi consistente com a informação que os policiais detinham: não fora ataque sexual. Decidiram, a partir daí, começar as buscas.

Prisão do assassino

Ao visitar o apartamento de Allan Showery, em West Schubert 630, encontraram as jóias, e ele se declarou culpado, de imediato. Inclusive a polícia conseguiu recuperar o tal colar de pérolas que Teresita havia citado na possessão, e realmente encontrava-se com a companheira de Showery, Yanka Kamluk.

Ele foi condenado pelo assassinato de Teresita em fevereiro de 1979, recebendo apenas 14 anos de prisão por este assassinato frio e brutal, mas saiu em 1983, servindo menos de 5 anos de prisão. Um veredito mais justo não foi possível por conta da alegação da defesa de que os relatos das possessões não deveriam ser válidas, e assim aconteceu, quase que inteiramente

Hoje em dia, os policiais não sabem explicar como o casal Chua conseguiu tantas informações. Creio que explicá-lo seria admitir que certamente o espírito de Teresita Basa, que morreu inesperadamente e de forma violenta, decidiu ficar e buscar meios de se comunicar com este plano, a fim de não deixar seu assassinato irresoluto. Aparentemente estamos diante de um caso resolvido pela própria vítima em uma outra dimensão.

Céticos dizem que Remy Chua estava familiarizada pelo convívio com Teresita e também com Showery, e que Teresita tinha medo dele muito antes do assassinato. Especulam que Remy, de alguma forma recolheu as informações por outros meios, tais como amigos em comum, familiares, etc.

Fonte

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