sexta-feira, 20 de julho de 2012

Grã-Bretanha divulga novos documentos sobre OVNIS



Em continuidade à política de desclassificação de arquivos secretos sobre o assunto OVNI, o governo britânico colocou à disposição do público 25 novos documentos, que atestam supostas aparições alienígenas ou outros fenômenos inexplicáveis e que chegaram ao Serviço UFO pertencente ao Ministério da Defesa. Esta unidade encerrou suas operações há três anos, como parte de uma política governamental de transparência com relação ao fenômeno OVNI, que visa parar os rumores e especulações sobre a existência de informações secretas.

Entre os casos mais marcantes desta nova rodada de desclassificação estão o avistamento de um OVNI perto do estádio do Chelsea, um cidadão de Lincolnshire que recebeu a visita de estranhos "homens de preto", a denúncia de um hoteleiro no País de Gales de uma nave "estacionada" em seu campo e vários textos detalhando a posição do Ministério da Defesa diante de uma eventual visita alienígena.


Fonte: Seu History

Físico brasileiro estabelece novas medidas para o Sol


O doutor em física Marcelo Emílio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), concluiu uma pesquisa que mudou literalmente o tamanho do Sol. Após dez anos realizando medições da estrela  ele concluiu que ela é 700 quilômetros maior do que se imaginava. De acordo com os seus cálculos e com o auxílio de imagens da Nasa, o Sol tem 1,392,684 quilômetros de diâmetro, o que equivale a 109 vezes o tamanho da Terra.

A descoberta foi feita com base no fenômeno Trânsito de Mercúrio, no qual este último fica entre o Sol e a Terra. A próxima etapa do estudo é buscar uma medição ainda mais precisa, desta vez utilizando Vênus como referência.

Fonte: Seu History

Múmias “Frankenstein" da Escócia intrigam pesquisadores

Cientistas da Universidade de Manchester descobriram que duas múmias de 3 mil anos de idade, que até então pensava-se que eram de um homem e uma mulher, são na verdade uma espécie de "Frankenstein". Exames de DNA mostraram que os dois corpos, em excelente estado de conservação, são formados por partes de seis cadáveres diferentes.

As duas múmias foram descobertas há mais de 10 anos entre as ruínas de uma aldeia pré-histórica de uma ilha na Escócia e até então nunca haviam chamado a atenção para nada muito diferente. Contudo, um dos cientistas reparou que a mandíbula de um dos cadáveres não encaixava no crânio e, partir daí, deu-se início a novas investigações sobre o caso.

De acordo com estudos posteriores, estes corpos "Frankenstein" teriam sido desenterrados e depois enterrados novamente no local onde foram encontrados há cerca de 300 ou 600 anos. Está quase descartada a possibilidade de que os ossos de pessoas diferentes tenham caído "por acaso" no mesmo poço, já que eles estavam em uma posição perfeita.

Contudo, as razões para o uso de diferentes partes de cadáveres em uma múmia ainda são um mistério. Segundo os cientistas envolvidos na investigação, a tendência é que com o aprofundamento das investigações e com o estudo de múmias cada vez mais antigas serão encontrados outros sinais de rituais ainda mais difíceis de compreender.

Fonte: Seu History

sábado, 14 de julho de 2012

A Era Viking


Introdução
Os vikings eram povos que habitavam a região da Península da Escandinávia (extremo norte da Europa) nas épocas Antiga e Medieval. Foram também chamados de normandos pelos franceses e italianos na Idade Média. A palavra viking origina-se do normando “vik” cujo significado mais provável é “homens do norte”. 

Conforme as fontes literárias para a Era Viking (Eddas e Sagas),os vikings não eram particularmente religiosos, eram muito mais pragmáticos e realistas. No paganismo nórdico não havia fanatismo, mas nas suas práticas haviam rituais e culto aos ancestrais. A magia caracterizava-se por uma religiosidade xamânica baseada no contato com os mundos sobrenaturais, para a obtenção de conhecimento.

A Era Viking é o nome da última parte do início da Idade do Ferro na Escandinávia. Hoje,de um modo um tanto controverso, a palavra viking também é usada como um adjetivo genérico que se refere aos escandinavos. A população escandinava medieval é referida de um modo mais apropriado como nórdicos.
Os vikings,por vezes usa-se a forma aportuguesada "viquingues", eram guerreiros-marinheiros da Escandinávia que entre o final do século VIII e o século XI invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e Ilhas Britânicas. Embora sejam conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição,  eles também fundaram povoados e fizeram a expansão do comércio pacificamente.

Os vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grande parte da Inglaterra,viajaram pelos rios da França e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio. A principal razão que se crê estar por trás das invasões foi a superpopulação causada pelo avanço tecnológico do uso do ferro.
Para o povo que vivia na costa, foi natural a procura por novas terras pelo oceano. Outra razão foi que, nesse período, vários países europeus encontravam-se envolvidos em conflitos internos, sendo portanto presas fáceis para a organização viking. O amor à aventura e o sucesso militar, característico de uma cultura que valorizava os feitos heróicos das sagas, deve ter sido outro fator.

Os Vikings eram também experts na fabricação de objetos de de uso diário, armas e jóias. Grande parte da arte do tempo dos Vikings foi gravada ou esculpida em madeiras, decoradas com complexos desenhos entrelaçados de animais .
Eles prestavam cultos a muitos deuses. Odin, Thor e Frey eram mais cultuados. O martelo do deus Thor, o mais venerado, era como um berloque que usavam para atrair a boa sorte.
No período viking a Noruega conheceu um desenvolvimento notável: a agricultura, o comércio e a construção de barcos foram as atividades mais importantes. Tudo o que se sabe sobre o passado desse país está baseado em lendas, nas famosas sagas que descrevem as aventuras marítimas dos temíveis guerreiros bárbaros.

 
Seus navios drakkars (dragões) permitiam que os vikings navegassem longas distâncias, além de trazer vantagens táticas em batalhas. Eles podiam realizar eficientes manobras de ataque e fuga, nas quais atacavam rápida e inesperadamente, desaparecendo antes que uma contra-ofensiva pudesse ser lançada. Os navios dragão podiam também navegar em águas rasas, permitindo que os vikings entrassem em terra através de rios.
Embarcação Viking
Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles e não nórdica, eles jamais utilizaram tais elmos,  sendo bem simples, tal como os seus posteriores sucessores, os Normandos usavam.

Essas características não passam de uma invenção artística das óperas do século XIX, que reforçavam as nacionalidades, no romantismo, e que visavam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis (o que nunca foram), pois a sua aparência era incerta.
Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cónicos e sem chifres. Não existe qualquer tipo de evidência científica paleográfica, histórica, arqueológica e epigráfica de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos, ou com asas.

Nordicos

A Magia das Runas
A magia rúnica servia como uma escrita secreta para a comunicação em ações militares e nos procedimentos mágicos, que iam desde a proteção aos encantamentos em geral. A arte divinatória era utilizada pelos vikings, mas desconhecem-se os métodos exatos para consultá-las. Os métodos de runas invertidas e a runa branca são invenções contemporâneas derivadas do Tarô Medieval, não havendo vínculos com a cultura original da Era Viking.
Somente com o advento da Era Viking, as runas foram empregadas para textos longos, geralmente talhadas em suportes pétreo (estelas, monumentos funerários feitos em blocos de pedra), madeira, ossos e couro. A partir da forma padrão do rúnico germânico (futhark antigo, com 24 sinais alfabéticos), os Vikings inventaram duas variações:as de rama longa (futhark dinamarquês) e o rama curta (futhark sueco), ambos de 16 sinais.

O significado da palavra (rúnar) era: "saber secreto,segredos." Em muitos rituais, as runas eram gravadas enquanto eram recitadas fórmulas mágicas (galdr) e eram pintadas com o sangue de animais sacrificados (blóts). Segundo a mitologia nórdica, Odin teria descoberto as runas, durante seu auto-sacrifício na árvore Yggdrasill.
Como Odin também está associado à poesia e a magia, as runas acabaram tendo uma relação estreita com esses dois. As runas para adivinhação, geralmente, eram gravadas em pedaços de madeira (desde os tempos de Tácito), ossos e pedaços de pedra.
O Grande Deus da guerra e dos mortos, Odin, é considerado o pai das runas sagradas que, através da prática do xamanismo, entrava em transe e supostamente viajava em espírito à terra dos mortos, para visitar os Deuses e obter conhecimento.
Odin aparece dependurado na árvore do mundo, a Yggdrasill, perfurado por uma espada, descrito no poema de Hámával. Sacrifício voluntário feito para aquisição de conhecimentos secretos e oculto, pois ao ser capaz de olhar para baixo da árvore da vida e levantar as runas, soube decifrar toda a sua magia.

O deus Nórdico Odin
Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn) é considerado o deus principal da mitologia nórdica.
Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.
Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, desde onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos. Durante o combate brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito patas, chamado Sleipnir.
Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Ve, esposo de Frigg e pai de muitos dos deuses. tais como Thor, Baldr, Vidar e Váli. Na poesia escáldica faz-se referência a ele com diversos kenningar, e um dos que são utilizados para mencioná-lo é Allföðr ("pai de todos").

Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas filhas, as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate, os einherjer, que se sentam a seu lado no Valhalla de onde preside os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Nesta batalha o deus será morto e devorado pelo feroz lobo Fenrir, que será imediatamente morto por Vidar, que, com um pé sobre sua garganta, lhe arrancará a mandíbula.

Estrelas


Aqui estou novamente, num vagão de metrô da Cidade Maravilhosa...
Basta ir morar por algum tempo (meses, anos?) longe de uma grande cidade, do tipo que tem metrôs lotados, para voltar a se espantar novamente, quando retornamos a nossa antiga casa: “Nossa, se entrasse mais alguém por aquela porta, eu acho que teria sido esmagado neste poste no meio do vagão!”.
Há tanta gente em tão pouco espaço, que quando você planeja pegar o metrô do Rio em horário “nobre”, precisa realmente elaborar uma estratégia... “Se entro pela esquerda, preciso garantir minha posição próximo à porta direita, ou seria a esquerda?” – Um momento de indecisão, e é capaz de você passar do ponto sem ter tempo de sair...

Mas é entre as estações, com o trem percorrendo os corredores escuros por debaixo da metrópole, que os pensamentos mais profundos me assaltam: “Quantas histórias distintas neste mesmo vagão, quantas formas de ver o mundo... Aquele cara está com o olhar fixo nos seios daquela garota, será que ela também sabe dos seios lindos que tem? (me parecem naturais); Aquela outra ali tem pinta de nerd... Nossa, ela está lendo Game of Thrones na tela do celular, isso que é dedicação! E ali, no outro canto, aquele grupo de turistas alemães escolheu uma péssima hora para fazer turismo pelo Centro...” – Mas todos eles estão pensando. Não há aperto suficiente neste vagão que impeça alguém de pensar.
Muitos certamente estão voltando do trabalho e, invariavelmente, dedicam uma boa parte do seu tempo de reflexão a pensar no dinheiro: quanto têm, quanto almejam ter, quantas dívidas a pagar, etc. Isto tudo, sem dúvida, passou por sua educação: se não foram os pais ou familiares a lhes alertar que “tempo é dinheiro”, certamente foi a orientadora vocacional. A primeira função das orientadoras vocacionais é tentar convencer o maior número possível de jovens mentes promissoras a ingressar numa carreira “promissora”, que “pague bem”. Ultimamente, por falta de mão de obra qualificada, o empresariado brasileiro tem quase que implorado para tais orientadores: “Pelo amor de Deus, manda alguém para exatas”.
 
Ciências exatas! Pode ser chato de aprender, principalmente se você não gostar, mas o que importa é que “dão dinheiro” (alguns cientistas teóricos podem discordar)... Melhor seria, entretanto, se na escola alguém nos explicasse, antes de iniciar a primeira aula de química ou física: “Meus caros, vocês podem não gostar desse decoreba sem fim de fórmulas que irão vomitar sobre vocês nos anos seguintes, mas, por favor, lembrem-se ao menos disso: somos formados por elementos químicos que só podem ser gerados nos núcleos estelares! Compartilhamos a história de nossos genes com todas as espécies animais da Terra, desde as bactérias aos roedores que sobreviveram à extinção dos dinossauros... A vibração dos nossos átomos, esses que formam nosso corpo inteiro, seguem as mesmas leis dos átomos que formam pedregulhos em Marte, ou supernovas há milhões de anos-luz de nossa galáxia. Há luz por todo o lugar! Tudo bem, agora podem entrar no decoreba... Boa sorte”. Então saberiam ao menos que, conforme as estrelas, também somos pedaços do universo capazes de produzir luz. Sim, pois todo homem é uma estrela, e toda mulher também: sua luz é seu pensamento, quando conectado ao Infinito!
E a filosofia? Bem, esta nem é mais ensinada na maioria dos colégios. Por toda parte, os “arautos da estagnação”, estes que gostariam que você não pensasse, espalharam o boato de que a “filosofia é difícil e muito, muito chata; seria melhor estudar ciências exatas, que às vezes não são assim tão chatas”. Existem, quem sabe, dois tipos de pensadores: os que usam o pensamento para manter a “ordem estabelecida”, para estes é interessante que somente alguns poucos “doutrinados” aprendam a pensar, e mesmo assim desde que não pensem em nada que possa ir contra a tal “ordem estabelecida”; existem outros pensadores, no entanto, que acreditam que todos deveriam ser livres para pensar no que quiser, e cada vez mais abrangentemente e profundamente – a estes os “estagnados” de cada época taxaram de loucos, hereges, subversivos, bruxos ou, como está tão na moda: irracionais.

Talvez a filosofia não dê mesmo dinheiro, mas certamente te ajudará a entender o porque de tantos viverem correndo atrás do dinheiro, e não da felicidade, que por vezes se perde em meio a “sobrevivência”... Pegue todos os livros da seção de autoajuda desta megastore: não equivalem a um livreto de Epicuro sobre a felicidade [1]. Com a filosofia, a verdadeira autoajuda, se aprende a viver, não somente sobreviver. Para tal, não necessitamos de tanto dinheiro assim, só do necessário (para Epicuro, um pedaço de queijo ocasional era um banquete).

Que falar das religiões então? Tudo bem, todos poderiam continuar sendo batizados antes de terem opção de escolha, assim como seus pais já escolheram seus times de futebol, em todo caso... Mas, antes da primeira missa de Domingo após os, quem sabe, 12 anos, alguém de espírito livre deveria lhes alertar: “Vá e ouça tudo o que o padre tem a dizer, mas, ainda que suas palavras sejam reconfortantes, e ainda que você não possa dialogar, dialogue consigo mesmo – duvide, questione, elabore, experimente. Não faça de sua vida religiosa mais um decoreba eclesiástico!”. O único problema é que um sujeito assim seria expulso da Igreja...

E quem seria hoje Nosso Senhor Jesus Cristo? Um socialista radical? Um hacker anônimo? Um psicólogo dos Médicos Sem Fronteiras? Aquele mendigo que mora nas escadas da paróquia? Ou mais uma dessas estrelas do céu, que insistem em irradiar sua luz antiga, para aqueles que têm alma para às admirar? Ou, quem sabe ainda, mais uma dessas estrelas exprimidas neste vagão de metrô?

[1] Carta a Meneceu.

Fonte: Textos Para Reflexão

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Qual é a origem da expressão "partícula de Deus"?

O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome.
Décadas de trabalho têm sido dedicadas à busca por uma partícula subatômica denominada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", e que pode ter sido ao menos detectada, afirmaram cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês). Mas, de onde vem o nome "partícula de Deus"?

O bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que propôs sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs teve a ideia enquanto caminhava um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Quando retornou ao laboratório, ele disse aos seus colegas ter tido sua "grande ideia" e encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.

Embora a partícula leve o nome de Higgs, importantes trabalhos teóricos também foram desenvolvidos pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. O bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus", porque, assim como Deus, estaria em todas as partes, mas é difícil de definir. Mas a eral origem é bem menos poética.

A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva.
Mais perto do que nunca – Partícula de Deus encontrada?
Indícios do bóson e o Modelo Padrão
Bruno Mansoulie, físico do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), disse a jornalistas, em Genebra, que o grande acelerador de partículas europeu "reduziu a janela na qual os cientistas acreditam que encontrarão o bóson de Higgs". A sustentação para esta busca é o desejo de preencher a maior lacuna do Modelo Padrão, uma das principais teorias das partículas subatômicas.

Desenvolvido no começo dos anos 1970, o Modelo Padrão diz haver 12 partículas que compreendem os elementos principais presentes em toda a matéria. Estas partículas fundamentais se dividem em uma sequência de seis léptons e seis quarks, batizados com nomes exóticos, como "charm" (charme), "tau" e "strange" (estranho).

O Modelo Padrão também diz que as partículas conhecidas como bósons atuam como mensageiras entre as partículas de matéria. Esta interação dá origem a três forças fundamentais: a força forte, a força fraca e a força eletromagnética (há uma quarta força, a gravidade, que se suspeita que seja provocada por um bóson ainda a ser descoberto, denominado "gráviton").

O mistério, no entanto, é o que dá massa às partículas de matéria - e por que algumas destas partículas têm mais massa do que outras. A teoria que sustenta o bóson de Higgs é que a massa não derivaria de todas as partículas em si. Ao contrário, viria de um único bóson - o de Higgs - que reage fortemente a algumas partículas, e menos (ou não reage em absoluto) a outras.

Uma forma de visualizar isto é pensar em um coquetel onde há um grupo (os bósons) e recém-chegados (as partículas de matéria). Imagine o que aconteceria se um desconhecido entrasse na festa e atravessasse a sala. Apenas algumas pessoas o conheceriam e se aproximariam dele, e sendo assim, ele conseguiria cruzar o ambiente rapidamente, sem grandes obstáculos.

Mas o que aconteceria se uma celebridade entrasse? As pessoas se concentrariam em torno dela e seria mais difícil para ela cruzar o salão. Em termos físicos, esta partícula tem mais massa. "A ideia é que as partículas colidem contra os bósons de Higgs e este contato é o que as tornam mais lentas e lhes dá massa", explicou o físico e filósofo francês Etienne Klein.

Fonte: Terra

Físicos encontram provável "partícula de Deus"

Após anos de espera, imprevistos, problemas técnicos e muito suor, os físicos do LHC (Grande Colisor de Hádrons), maior acelerador de partículas do mundo, anunciaram a descoberta de uma nova partícula. E eles acreditam que seja o famoso bóson de Higgs.

Caso isso seja confirmado, será o coroamento da teoria científica mais bem-sucedida de todos os tempos --o chamado Modelo Padrão, que explica como se comportam todos os componentes e forças existentes na natureza, salvo a gravidade (explicada pela relatividade geral).
Contudo, cabe atenção para a formulação cuidadosa das afirmações dos pesquisadores.
A confirmação da nova partícula é resultado das pesquisas que têm sido realizadas no maior acelerador de partículas do mundo, o LHC (Grande Colisor de Hádrons)

Em seu último relatório, no fim do ano passado, eles já sugeriam ter encontrado algo, mas não descartavam um alarme falso.
Agora, eles já cravam categoricamente a existência da nova partícula. Só não admitem com todas as letras que se trata da almejada "partícula de Deus".

"Apesar de os eventos [de colisões de partículas no acelerador] sugerirem que estejamos diante do bóson de Higgs, a confirmação de que se trata realmente da partícula predita requer mais medidas comparativas", afirma Sérgio Novaes, físico da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e membro da Colaboração CMS, um dos dois experimentos do LHC que servem de base para o anúncio.

Ossos do ofício, num esforço que envolve análise de dados de milhões de colisões de partículas para que, estatisticamente, seja possível chegar a alguma conclusão definitiva.
De toda forma, o novo achado dá toda pinta de que se trata mesmo do almejado bóson.

O anúncio da descoberta foi feito num evento realizado às 4h (de Brasília) desta quarta-feira, transmitido ao vivo pela internet da sede do Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), em Genebra, Suíça, para a abertura da 36ª Conferência Internacional em Física de Altas Energias, em Melbourne, Austrália.

Dirigindo-se aos cientistas reunidos no auditório, o diretor-geral do Cern, Rolf-Dieter Heuer, fez uma pergunta: "Como leigo, eu diria que eu acho que conseguimos. Vocês concordam?". Uma ovação respondeu que sim.

Entre os convidados no auditório estava ninguém menos que o escocês Peter Higgs, 83 anos, físico que propôs (simultaneamente a outros) na década de 1960 um mecanismo de como as partículas adquirem sua massa e, com isso, emprestou seu nome ao famoso bóson.

Claramente emocionado, com os olhos marejados, Higgs disse aos colegas: "É incrível que isso tenha acontecido durante a minha vida".
Higgs reconheceu o mérito do LHC, um acelerador de partículas de 27 quilômetros, construído de forma circular e subterrânea na região da fronteira franco-suíça.
Em nota, o cientista acrescentou: "Nunca esperei que isso fosse acontecer na minha vida, e devo pedir à minha família para colocar champanhe na geladeira."

SEM ERRO
 
Os cientistas descartam a essa altura que alguma flutuação estatística seja responsável pelo achado.
A probabilidade de não ser uma nova partícula, e sim algum engano, é de menos de 1 em 1,7 milhão. Cometer um erro desses é tão improvável quanto ganhar na loteria.
Ainda mais porque o resultado é confirmado pela combinação de dois experimentos do LHC Atlas e CMS e está alinhado com os dados obtidos pelo Fermilab, nos Estados Unidos, com seu antigo acelerador Tevatron, hoje desativado.

CONCORRÊNCIA

Na segunda-feira, os americanos chegaram a divulgar suas últimas análises dos velhos dados, que mostravam a indicação de uma partícula com as características do bóson de Higgs e uma energia entre 115 e 135 giga-elétronvolts (GeV), com 90% de confiança.
Entretanto, ainda estava longe do grau de exigência da comunidade para tratar o resultado como uma descoberta.
O físico escocês Peter Higgs, que propôs um mecanismo de como as partículas adquirem sua massa
Somente agora, com os resultados do LHC é possível cravar a existência da nova partícula, com energia de 125 GeV.

FIM OU RECOMEÇO?
 
A descoberta do Higgs há anos é apresentada como a principal motivação para a construção do LHC. Agora que a partícula provavelmente foi encontrada, pode ficar para o público uma sensação de vazio. Mas o sentimento não é compartilhado pelos físicos.

"Em primeiro lugar, há um equívoco em associar o LHC só ao bóson de Higgs", afirma Ronald Shellard, físico de partículas do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) e vice-presidente da SBF (Sociedade Brasileira de Física).

"Todos concordamos que o bóson de Higgs não vale US$ 10 bilhões. Essa máquina, o LHC, foi concebida para explorar o Universo além do Modelo Padrão. A descoberta do Higgs coroa o maior feito intelectual da história da humanidade até agora, uma teoria que explica uma infinidade de fenômenos naturais", disse. "Mas, para o LHC, ela é apenas o começo."

Fonte: Folha

Pesquisadores criam camiseta capaz de recarregar a bateria de um celular

Uma camiseta comum foi embebida em uma solução de óxido de manganês e aquecida a altíssimas temperaturas
Uma camiseta comum foi embebida em uma solução de óxido de manganês e aquecida a altíssimas temperaturas (Foto: Reprodução: BGR)

Para manter nossos dispositivos móveis sempre carregados precisamos estar sempre perto de uma tomada, certo? Mas dois engenheiros da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, criaram uma camiseta de algodão capaz de armazenar energia elétrica e recarregar a bateria de um celular.
“Nós usamos tecidos todos os dias”, afirmou ao Innovation Daily News Xiadong Li, professor de engenharia mecânica. “Um dia, o algodão de nossas camisetas poderia ter mais funções como, por exemplo, ser um dispositivo de armazenamento flexível de energia que poderia recarregar o seu celular ou iPad”.
Li e seus companheiros utilizaram uma camiseta de algodão comum, daquelas encontradas em qualquer loja de roupas, que foi embebida numa solução de fluoreto e aquecida a altíssimas temperaturas em um forno sem oxigênio. Segundo o BGR, depois de removida do forno, as fibras resultantes foram convertidas em celulose de carbono, capazes de armazenar carga elétrica.
As fibras da peça foram revestidas com uma camada nanométrica de óxido de manganês, que aumenta a capacidade de armazenamento elétrico, tornando o tecido capaz de carregar e descarregar diversas vezes com o mínimo de desperdício possível.
Além de ser uma técnica barata, o método de transformar as camisetas em pontos elétricos flexíveis é totalmente sustentável. 

Empresa lança acessório que transforma seu televisor em uma SmartTV

O aparelho se conecta à entrada HDMI de sua televisão
O aparelho se conecta à entrada HDMI de sua televisão (Foto: Divulgação)

As Smart TVs estão começando a chegar ao mercado com toda força, e cada vez com preços mais amigáveis. Mas, se uma dessas ainda não cabe no seu bolso, que tal uma maneira de transformar qualquer televisor em um aparelho inteligente sem gastar muito?
Os desenvolvedores da Infinitec, de Dubai, nos Emirados Árabes, criaram um sistema simples no formato de um pen drive comum que é capaz de garantir o acesso à internet e aplicativos em qualquer modelo de televisão.
Segundo o DVice, o pequeno acessório se conecta ao televisor através de uma entrada HDMI, roda a última versão do sistema operacional do Google - o Android 4.0 Ice Cream Sandwich - e permite que os usuários joguem games e conversem com seus amigos pelo Skype.
O kit do aparelho é composto também por um controle remoto IR, controle este mais elaborado com Air Remote e giroscópio embutido. Os usuários poderão utilizar o controle com teclado físico completo ou fazer o download do Google Remote TV no seu aparelho iOS ou Android.
Por enquanto, o acessório é apenas um protótipo, mas seus criadores já buscam recursos no Kickstarter para iniciar sua produção e comercialização. Os interessados poderão adquirir um dos primeiros exemplares por US$ 99.