sábado, 8 de dezembro de 2012

A hora da Verdade: O Sistema Religioso

“Conhecerão a Verdade, e a Verdade os libertarão”. (João 08:32).
Palavras de Jesus, o Cristo.

Nota: antes de começar, a despeito dos temas abordados aqui, gostaria de deixar claro aos meus amigos e a todos os leitores do blog que não sou ateu. Acredito em Deus, mas descobri que não preciso de nenhum templo físico ou mesmo religião para acreditar no Ser Supremo. Que fique bem claro isso.
Durante muito tempo, tenho enviado e também repassado vários e-mails (e não foram poucos) aos meus amigos sobre o que acontece no meio religioso, principalmente o evangélico (particularmente, o dito evangélico).

Mas sempre houve uma curiosidade por parte de muitos de meus colegas e amigos, de saber qual a minha opinião sobre o assunto. Isto se referindo a certos cenários absurdos, não condizentes com a religião pertinente ao conteúdo da mensagem. E alguns desses mesmos amigos e até parentes, sabem dos caminhos que trilhei, na senda espiritual, se assim posso dizer, até chegar, como dizem os crentes em sua maioria, no caminho da verdade, a verdadeira religião que leva a Deus, ou seja, servir numa igreja (principalmente evangélica, pois segundo a maioria dos crentes a católica estaria desviada de seus propósitos).

Depois de muitas reflexões, análises dos vídeos e matérias assistidos e principalmente, de pedir ardentemente uma resposta do Divino sobre essas coisas, cheguei a uma conclusão. E repito, pessoal.
Era pra ser um texto pequeno, de poucas linhas. E tenho pensado no tema desde que estive “fora do circuito” por quase um ano e meio, internado num hospital por conta das complicações de uma cirurgia que quase me levou à morte. Mas Deus em sua infinita misericórdia e sabedoria, me poupou, pois me queria usar para um propósito maior.
Mas como explicar uma avalanche de atrocidades e mentiras deslavadas do Sistema Religioso, que já está sedimentada há séculos na História, em apenas poucas linhas? Não dá não. Vamos por partes. Os leitores poderão digerir melhor

O significado de Religião. 
Segundo a Wikipédia, o nosso famoso dicionário virtual, vejamos o significado do termo religião:


Religião (em latim: religare, significando religação com o divino) é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo...

A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões têm comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, serviço público ou outros aspectos da cultura humana.”

Pois bem, “religação com o divino”. Bom, é o significado. Contudo, na maioria dos casos, não é o que acontece. Não mesmo. Como você pode afirmar isso? Leu em algum livro? Viu em algum filme? Perguntariam os leitores. Não, amados. Parte disso tudo é bem visível aos olhos do mundo, outra parte é experiência pessoal mesmo.
Ao longo de minha caminhada na Terra, já percorri diversos caminhos espirituais, que, como a maioria das pessoas, buscando uma resposta para entender o mundo caótico em que vivemos e como uma forma de encontrar a famigerada Paz. Eubiose, Druidismo, Espiritismo, Ordem Rosacruz, Maçonaria, Ordem Martinista, Ocultismo (aprendendo as mais diversas formas de Magias), Alquimia, Cabala, Religiões Pagãs, Catolicismo, e por último, Protestantismo, o sistema dos evangélicos. Tudo como parte do cardápio. E também, como só mais tarde viria a descobrir, preparação para algo maior que viria a surgir. Foi necessário passar por tais sendas do Conhecimento, pois era uma forma que Deus usou para que eu tivesse pleno conhecimento daquilo que um dia eu precisaria usar para falar sobre o tema em epígrafe: a Verdade.

O "Profeta Maligno"*

No tocante ao Protestantismo, comecei pela Igreja Cristã Maranata. Uma característica marcante desta denominação é que lá os "irmãos" não podiam nem ao menos visitar irmãos de outras denominações, por conta de possíveis conversas sobre como são os cultos na Maranata, e outros assuntos que pudessem contribuir para que os membros desta igreja fossem recriminados ou até mesmo incentivados a "repensarem" suas posturas sobre como sevir ao Evangelho. Noutras palavras, não se deixar "contaminar" por impurezas oriundas de outras igrejas que não a Maranata. Isso pelo menos na igreja que frequentei. Não posso informar se nas demais o procedimento era o mesmo, mas deveria ser, afinal, todas recebem a mesma instrução do "divino Espirito Santo" em como ser diferentes e segundo eles, superiores às demais. Chamavam também o Evangelho de "A Obra". 

O tempo foi passando, e comecei a perceber que meu lugar não era ali. Falavam mal de toda espécie de culto religioso, no entanto usavam a Bíblia como oráculo, pois consultavam-na em razão das "visões" que algum membro recebia de Deus. Um recebia a "visão" e outros três tinham que confirmar abrindo a Bíblia em qualquer parte, de olhos fechados, antes proferindo as seguintes palavras: "Se esta revelação procede de Ti, fale conosco através de Tua Palavra." Daí abriam a Bíblia, e dependendo da passagem, a revelação era positiva (de Deus) ou negativa (fruto da imaginação do membro ou do Diabo). Como? Por exemplo, se os olhos de quem estava "consultando" batessem em um trecho que falasse de coisas boas, bem-aventuranças, prosperidades, era bom sinal; caso fosse sobre destruição, ruínas, guerras, era descartada a visão. Por isso o faziam em número de três membros, para não dar empate nas consultas. Qualquer semelhança com outros sistemas adivinhatórios (repudiados por eles) é mera coincidência...

Eles costumavam também ver "anjos" passeando pelo meio da igreja, e quem não os visse, estaria mal na vida, com problemas com o Altíssimo. Com isso, sem perceberem (ou será que percebiam?) estavam infringindo um terror psicológico em cada individuo que não estivesse em conformidade com os ditames da igreja. Coisas do tipo "caramba, que será que fiz de errado pra Deus por não conseguir ver anjos ou ser bem-aventurado?" permeavam a mente dos não-agraciados com tais "visões angelicais".

Ali já começava minha decepção com o Sistema Evangélico. Mas não poderia tomar por base a permanência em uma só denominação. Mas lá o rigor era demais. Parecia um sistema militar. E minha saída se deu quando, cansado de tudo aquilo, pedi ao Deus do meu coração uma resposta, um sinal sobre aquela situação. A resposta veio quando numa dessas "consultas" no pré-culto, as três leituras bíblicas cairam em páginas em branco, justamente aquela que separa o Velho Testamento do Novo. Convenhamos, você abrir um livro três vezes, e nas tentativas a chance de coincidir com um página em branco nas três ocorrências, é deveras raríssimo, pra não dizer impossível. Dali percebi o sinal que Deus havia dado, e era minha chance de pular fora. Mas antes disso, eu comentava com os diáconos de lá e também com o pastor, que tais atitudes não eram compatíveis com os ensinamentos de Jesus, e numa dessas conversas, previ que um dia a "máscara" da igreja iria cair. Por essa "insolência", recebi a alcunha de "profeta maligno", por dizer coisas contrárias aos ensinamentos da igreja e ao seu modo exclusivista de pregar a Palavra. Depois disso, me desliguei de seu rol de membros, um dia antes do pastor saber de minha decisão, pois ia ligar pra minha casa e me informar que eu estaria "excluído" de sua igreja. Mas como só comuniquei ao diácono responsável pelo meu grupo de estudo, este informou ao pastor: "Não precisa expulsá-lo, ele se auto expulsou".

O tempo passou, e agora o que todos leram na mídia? o escândalo em que esta igreja se envolveu, com desvios de dinheiro, corrupção, e outras situações totalmente incondizentes com sua postura "tão correta e única de ensinar o Evangelho". Simplesmente vexatório. Gente abandonando suas fileiras aos montes, decepcionadas, desnorteadas, muitas até se virando contra Deus pelas mentiras impostas por homens que se passavam por santos. Será que o Espírito Santo não mostrou pra eles em revelação que estas coisas iam acontecer? No mínimo, estranho, não acham?


Voltando ao tema, na Religião o que menos vemos é uma ligação direta com o divino (em sua maioria, repito). E sim, uma ligação do buscador da Verdade com seu líder religioso, este funcionando então como uma espécie de intermediário entre a pessoa e a divindade.
Pra explicar melhor: No Catolicismo, você até aprender a "rezar" a Deus, Maria, Jesus, quem quer que seja, mas entre você e o Divino, tem a figura do padre, que se coloca como intermediário; No Protestantismo, temos a mesma situação, só que aqui é a figura do pastor que entre em cena. E isso acontece, meus amados, em praticamente quase todas as religiões. Logo, Religião, por definição, também está errado, não é religar o homem a Deus, e sim o homem a outro homem, o líder de sua religião, e este (supostamente) a Deus. Amados, não precisamos de intermediário algum.

Você ficou maluco de vez!, dirão muitos. Então, não precisamos de um professor ne Escola pra nos ensinar as matérias, um líder para nos orientar no caminho que escolhemos? Como vamos nos guiar sozinhos? Perguntarão.
Esse, amados, é o X da questão. Eu entendo que a raça humana precise de uma religião, até porque ela precisa se orientar de alguma forma como chegar aos píncaros do mundo espiritual, seja na forma de rituais, orações, ou outra forma. Contudo, o líder de sua religião, ao contrário de como acontece na Escola, nunca te liberta, você tem sempre que aprender, sempre ficar ali, alimentando aquele Sistema ao qual você ingressou.  
Como assim, como acontece na Escola? Vocês perguntarão. Ora, você entra pra Escola, faz o primeiro grau, o segundo, a faculdade e um dia se forma. Recebe o canudo. Estará livre. Pra trabalhar naquilo que aprendeu, ou mesmo não fazer nada.
Vocês dirão: ora, mas no caso dos Católicos (tomando-os como exemplo, que serve para as demais religiões), se eu for até o fim (?), um dia me formarei padre, bispo, arcebispo, papa, o que for, e poderei ensinar também. Bacana, né? Errado, amigos, pois ainda assim você estará preso ao Catolicismo, sempre numa igreja, ainda que ensinando. Ao contrário, na vida acadêmica, você dirá: um dia frequentei a escola tal, a faculdade tal e me formei. Duvido muito vocês me mostrarem isso no Sistema Religioso. Agora entendam bem, vocês até podem saírem, mas porque deixaram de frequentar (um dia, eu era Espírita, era crente, era Budista, etc.), mas não porque o Sistema abandonou vocês. Não abandona nunca, amados. O Sistema Religioso, assim como o Politico, Econômico, etc., precisa de dinheiro para sobreviver. E quem tem dinheiro? O gato? O cachorrinho? Os passarinhos que cantam na sua árvore quando você acorda de manhã? Não, queridos, são os seres humanos.

No “resumo da ópera” sobre esse tópico: Então, você é contra a Religião? Perguntarão-me todos. Sou a favor quando ela é usada como mecanismo de busca para o ser humano descobrir que existe algo mais profundo do que a matéria, o mundo material e físico em que ele habita. Há forças invisíveis aos nossos olhos operando ativamente no nosso Universo, consequentemente na Terra também, isso é inegável. Tolo são os cientistas que não acreditam nisso, mas isso é outro papo, não é tema dessa reflexão. E por essa razão, faz-se necessário um caminho, uma senda que leva ao conhecimento dessas forças universais que permeiam nosso mundo. Aí entra em cena as religiões.

Contudo, sou contra quando líderes dessas religiões, seja ela qual for, se engrandecem se achando o suprassumo do Universo em Conhecimento, e ainda, se enriquecem a custa dos pobres buscadores, que alimentam cada vez mais esse Sistema iníquo que aí está, e ainda se dizem “mensageiros de Deus na Terra” (ou o deus que venham a servir), prendendo eternamente seus membros, associados, ovelhas, ou o nome que valha, no aprisco da religião.


Muitos crentes dizem que "são de Jesus", e coisa e tal, mas ningm faz exatamente como Ele fez ou como mandou fazer. Na realidade, atualmente, com o advento do Neo-Pentecostalismo, a religião evangélica tem dado um péssimo exemplo do que é ser cristão. E com isso, criam-se ateus às dúzias.

E finalizando essa parte, entendam uma coisa: toda palavra terminada com o sufixo “ismo” significa Sistema. E o sistema foi criado pelos seres humanos. Portanto é falho. Deus não criou sistema algum. Ele sempre desejou que o ser humano se voltasse a Ele, sem necessidade de religião alguma, isso é engodo para atrair os incautos, amados.

Tá bom, mas como vamos chegar até Ele sem seguir um caminho? Simples, queridos, orando. Ah, sim, mas estou escrevendo a quem também não professa uma religião ou mesmo não sabe orar/rezar. A própria Bíblia Sagrada, a tão polêmica Bíblia, ensina através do próprio Jesus como fazer isso. E sem intermediários, sem religião alguma. Se você que está lendo não for religioso, faça o seguinte: Se acredita em Deus, independente de ter uma crença, ou mesmo se não acredita Nele como os religiosos o veem, mas acredita numa Força Superior, universal, ou como queiram chamar, experimente fazer algo bem simples, mesmo que para outras pessoas pareça maluquice. Converse como se estivesse falando com outra pessoa, assim mesmo, converse com o Invisível. Converse com o Deus do seu coração, de sua compreensão. Naturalmente, eu pressuponho que você irá perguntar sobre coisas deste mundo que não entende. E peça até mesmo uma prova de sua existência. Se você for sincero na sua busca, na sua pergunta, de alguma forma você terá uma reposta. Fique atento a ela. E não significa que ela terá que cair do céu através de um "anjo ou ser superior", como defendem alguns por aí, mas sim através mesmo de outra pessoa ou situação. A forma de como Deus age no mundo dos humanos é um mistério até mesmo para os mais entendidos do meio religioso.

É o que eu sempre falo para as pessoas: busque ter uma experiência com Deus. Só você e Ele. Sem padre, pastor, pai no santo, rabino, o escambau. Mesmo porque, é como disse a nobre Madre Tereza de Calcutá: “no final das contas, é entre você e Deus”.
Imagino ainda que alguns crentes vão querer me responder citando partes da Bíblia que provam (supostamente) que você precisa frequentar uma igreja. Cuidado e pensem bem antes de me mandarem tais textos (já até sei quais seriam) pois vou rebatê-los.
A seguir, os motivos que me levaram a escrever sobre o assunto.

                                              O chamado

“Meus pais eram espíritas quando eu era pequeno. Ambos eram da Umbanda, e meu pai foi Kardecista posteriormente. Frequentava o Centro com minha mãe, lá por volta dos 12-13 anos de idade. Era um garoto que assistia tudo aquilo sem a menor motivação, ia porque minha mãe me levava. Era só um visitante. Certa vez, após o final da sessão, todos entraram em fila para o “passe”, onde a mãe-no-santo (não é “mãe-de-santo”) dava baforada com o charuto de um lado e do outro do seu rosto. Quando chegou a minha vez na fila, ela apertou minha mão, e antes de dar o “passe”, se tremeu toda, se arregalou, me olhando assustada (e eu mais ainda), deu um grito estranho e perguntou em voz alta, sem largar minha mão: “quem trouxe esse menino aqui?” quem é a mãe dele?”e antes que minha mãe se apresentasse, a mãe-no-santo olhou pra ela e disse: “nunca mais traga esse menino aqui. Ele não é daqui, não é do nosso meio. O que tá reservado pra ele é algo muito maior, especial” disse, depois que segurou a minha mão e sentiu algo estranho. O que aquela mulher sentiu ou viu só mais tarde eu viria a saber, mas minha vida mudou completamente depois daquele dia...” Trecho do testemunho que escrevi quando me “converti” ao Protestantismo.
Desde muito jovem, ainda guri, eu me interessava por temas bastante incomuns pra um garoto da minha idade. Principalmente no tocante ao mundo invisível, espiritual. De uma forma bem estranha, era como se eu sentisse que não era daqui, deste mundo. E que estaria aqui pra realizar algo relacionado ao Mundo Superior. Mas também podia ser só coisa da minha cabeça, então procurava esquecer aquilo tudo e tentar levar uma infância normal.

Mas somente na juventude é que a coisa toda começou a ficar sinistra. Por diversos caminhos que percorri (citados anteriormente), em alguns deles os líderes ou mestres me falavam sobre uma espécie de “missão” que eu teria no futuro. Uma senhora, que frequentava a Ordem Rosacruz, me informou que Deus tinha um grande plano e que eu deveria fazer a escolha sabiamente, ou "daria o salto errado e cairia no abismo". Referia às encarnações passadas, que minha alma seria bem "antiga", e que estaria no tempo de uma última encarnação, mas dependeria de minhas escolhas. No final das contas, tudo depende de nossas escolhas.

Um maçom informou que o “Grande Arquiteto do Universo” me usaria pra algo especial; Em algumas religiões que propugnavam a continuidade da vida após a morte, ouvi que minha alma já era velha demais, estaria em seu último estágio na Terra e não retornaria mais, e que eu me preparasse para o “grande momento” de redenção da mesma (da alma), através de um “serviço decretado pelo Divino”.

E foi chegado o momento de me tornar evangélico. Acham que foi diferente? Nada disso. Comecei a ouvir de vários pastores: “Deus tem algo grande pra realizar em sua vida”. A essa altura do campeonato, eu já estava mais que grilado com isso tudo, e até temeroso, e pensava com meus botões: “isso tá ficando metafísico demais pro meu gosto”. E ainda assim tentava ignorar. Eu vou é viver minha vida que é melhor. Mas eu estava enganado.

Foi somente quando estive hospitalizado que a tão enigmática missão me foi revelada. Na verdade, entre uma internação e outra, pois foram várias idas e vindas ao hospital por conta de complicações da cirurgia. Foi algo tão insólito que eu não posso deixar de contar.

Era uma noite fria de quinta-feira. Estava garoando. Eu tinha acabado de retornar de um atendimento a um cliente (Informática) e por alguma estranha razão, resolvi ir ao encontro de minha prima para retornar com ela pra casa (?). Esse encontro se deu em Quintino, pois ao sair do trabalho, ela iria à casa de meus pais, que moravam ali. Mas eu não iria a casa deles, e nem queria que soubessem que eu estaria lá, pois iria demorar muito em conversas, e acabaríamos saindo tarde de lá. Então, combinei com ela de aguardar num ponto de ônibus próximo à rua da casa deles. Mas por que diabos eu iria me encontrar com ela, numa noite fria daquelas, sem motivo algum aparente? Pois é. Aparente mesmo.

Enquanto aguardava no ponto, chegou uma senhora que percebi ser evangélica. Pelos trajes e por estar com aqueles folhetos que os crentes distribuem por aí. Havia mais um casal no ponto e um senhor de idade. Eu estava encostado num poste, o que tinha a placa de ponto. A mulher evangélica tocou uma campainha num prédio ali próximo, falou com alguém lá, e depois saiu. O estranho é que deu pra ouvir o que ela falou com a pessoa do prédio: “Não sei por que Deus me fez sair de casa num tempo desses, chovendo e frio. Nem fui à igreja hoje. Vim aqui e você também não aprontou a minha encomenda”. Tenho dito isso, se despediu e se voltou para o casal, deu dois panfletos, também para o homem de idade. Ela me viu, senti que ia falar algo, mas resolveu atravessar a pista para o outro lado, indo embora. Porém, algo a fez parar, deu meia volta e veio na minha direção. Disse o seguinte:

-“Senhor, boa noite. Não te conheço, ia te dar um folheto da Palavra de Deus, mas percebi que o senhor estava com cara de poucos amigos, e não ia querer nem olhar pra mim, ainda mais receber o folhetinho. Mas quando eu ia embora, o Senhor (Deus) me fez voltar e falou comigo: Volta lá e fala o que eu vou te orientar, para aquele invocado que está ali parado.” Eu disse: 


-Deus...o Todo Poderoso...falou com a senhora?
-Falou sim, o senhor pode não acreditar, mas....


-Eu acredito sim. Sou cristão (na época).
-O senhor tb é crente? Que bênção, irmão! Cristão, como disse à senhora.
-O senhor frequenta que igreja? Perguntou.
-Estou meio afastado, por motivos de um tratamento (não falei da minha cirurgia), mas digamos que eu frequente a denominação Batista. E a senhora deve ser da Assembleia de Deus.
-Como o senhor descobriu? Deus te revelou?
-Não. Eu adivinhei. Tenho certo dom para identificar Assembleianos. Mas o que a senhora quer comigo?
-Eu não, moço. O Senhor dos Exércitos quer

-Sei. Já ouvi isso antes. Várias vezes.
-Pode parecer estranho pro senhor, eu mesmo nem sei por que Ele falou comigo, sabendo que o senhor é do meio evangélico, e não lhe revelou diretamente, mas é o seguinte:
-Ele disse que tem algo grande pra fazer em sua vida (de novo????), está de olho no senhor já faz tempos, mas que primeiro o senhor terá que passar por uma “provação muito grande”, não sei o que é, mas me veio na mente algo como uma grande cirurgia (opa!), passaria por muitas dores, mas no final tudo ficaria bem, pois Ele está no controle. Tão logo o senhor se recupere, Ele te mostrará o que fazer.
 

Cabe aqui um comentário acerca deste ocorrido: Sempre acreditei que Deus, seja  lá o nome que queiram dar a Ele (ou forma), usa quem quer, onde quer e como quer, INDEPENDENTE de religião ou crença. É muita presunção dos evangélicos acharem que somente eles "ouvem a voz de Deus" e assim se considerando os "donos da Verdade".

Continuando...

Naquele ponto eu fiquei pasmado. Então já teria uma data definida? Não seria só promessas? E Deus, o Criador do Universo, estava de olho em mim?

Bom, eu realmente passei maus bocados no hospital, fiquei em coma por cinco dias, quase morri, segundo minha família e meu médico, pois o estado era grave. Os níveis de glóbulos vermelhos e brancos estavam lá embaixo. Recentemente, através da anestesista, descobri que tive uma parada cardíaca durante o processo cirúrgico. Mas Deus não falha em suas promessas, não é mesmo? E decidiu que ainda não era hora de ir dessa pra melhor. Quando despertei do coma, me veio à mente o que tinha que fazer. Aliás, apareceu também em sonhos enquanto eu estava no hospital.


E para tristeza geral de todos aqueles líderes religiosos, incluindo obviamente os pastores que me falavam esse lance de “grande obra” o tempo todo, a revelação seria a seguinte:

Combata-os. Todos eles. Você lutará contra esses homens que distorcem Minha Palavra e o Evangelho de meu Filho. Você já está preparado para isso. Vai e cumpra tua tarefa. Outras tarefas te darei ao longo de tua jornada na Terra. E levantarei outros guerreiros que Me servirão nesse propósito, como já tenho levantado. Não estarás sozinho. Observas o mundo ao teu redor e notarás que as mudanças já começaram. Chega de mentiras envolvendo Meu nome. Usarei pessoas de vários credos na Terra, em toda parte, bem como até mesmo aqueles que dizem não acreditar em Mim. Assim como você, essas pessoas farão a diferença. Agora vai, pois é chegado o momento...

Que cocada preta, hein, leitor?  E para aqueles do meio religioso que possam estar rindo agora, ou mesmo debochando, ignorando, ou mesmo achando que fiquei louco de vez, então se preparem, pois como se diz por aí, “o bicho vai pegar”. E peguem comprimidos de Heparema, laxantes, ou similares, pois agora a coisa vai ficar.... indigesta.

                           Bíblia Sagrada – Verdades e Mentiras
“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”.

“Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa.” (Mateus 34-36) Jesus, o Cristo.

A Bíblia Sagrada, o famoso livro, o mais vendido no mundo, o controverso livro... Não é a Palavra de Deus. Contudo, a contém.

Agora uma palavrinha pro pessoal que porventura esteja lendo e seja fundamentalista, não tenha a mente aberta, ou só considera a Bíblia sua única fonte de informação cultural: Saia do recinto, vá ver TV, passear, ou mesmo vá dormir. O que irão ler poderá ir contra os seus “princípios” cristãos, e deixá-los chocados ou mesmo imaginando que fiquei maluco de vez ou coisa do tipo, aquelas coisas típicas do ser humano, que julga a tudo e a todos, quando fica indignado com alguma coisa que não concorda. Sabem como é. Mas eu não estou nem aí para o julgamento dessas pessoas, sejam ou não cristãos, quem me julgará é o Todo Poderoso Deus, e a Ele deverei dar satisfação do que me foi incumbido. Não vim aqui pra trazer palavrinhas doces e suaves aos seus olhos, mas como diz o título da mensagem, a Verdade. Não sou dono dela, mas Deus sim, e Ele informou, ao meu coração, que essa verdade estampada nesse livro geralmente de capa preta muito difundido por aí, está totalmente adulterada. Além, é claro, de ser velada pra maioria daqueles que leem, quando a Verdade está ali revelada, mas com sentido velado, somente compreensível para aqueles que receberam tal preparo para tanto.

Logo, como informei, não estou preocupado com vosso julgamento. Não mesmo. Pensem o que quiserem.

Começo dando uma explicação rápida para alguns amigos que se dizem ateus. No começo deste tópico sobre a Bíblia, registrei uma frase de Jesus: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada...” Estes amigos dirão: que Jesus controverso é esse, que os cristãos adoram e Ele mesmo diz que não é de paz? Então não é bonzinho coisa nenhuma.

É sim. O que muitos não entendem quando Ele disse isso (e até mesmo muitos dos ditos crentes), é parecido com essa situação que exponho aqui: a Verdade. Ele veio dizer para todos aqueles que acreditam estar seguindo os mandamentos divinos que estão fazendo tudo errado. E que estavam entendendo as Escrituras (guardem bem isso, Escrituras, não Bíblia) errado. Imaginem nos dias de hoje, isso que acabei de citar, sobre a Bíblia não ser a Palavra de Deus, que apenas a contém, para minha família de crentes bitolados (nem todos, graças a Deus) e esses mesmos, sem nenhuma outra fonte de cultura ou estudo sobre as regiões bíblicas, os hábitos da época, nem nada, o que vão dizer de mim? Que fiquei doido de vez, que o Diabo é que me inspira, essas coisas. Vai haver então uma espécie de “divisão” na minha família, entre aqueles que entenderão o que explico e os que não aceitarão. Serei, com o falam por aí, um herege. É dessa espada e divisão que Jesus fala. Agora um exemplo daquela mesma época:

“Tendo Jesus entrado, num sábado, em casa de um dos chefes dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando”. Achava-se ali diante dele certo homem hidrópico.

E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei e aos fariseus, e perguntou: É lícito curar no sábado, ou não? Eles, porém, ficaram calados. E Jesus, pegando no homem, o curou, e o despediu.

Então lhes perguntou: Qual de vós, se lhe cair num poço um filho, ou um boi, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?”(Lucas 14, 1-3)


Apresentei essa passagem pois muitos sabem que há uma denominação evangélica que diz que todos devem guardar o sábado, não se pode fazer nada nesse dia, muito menos trabalhar. Refiro-me, pra dar nome aos bois, aos Adventistas. Alguém aí é Adventista ou conhece alguém da família ou amigo que seja? Então mostre esse trecho pra ele (a). Sinto muito, mas foi Jesus quem mostrou isso. E aí, como é que fica? Quem está certo? Os cristãos e judeus que guardam o sábado ou o Filho de Deus? Que coisa chata, né? Pois é.Voltando à Bíblia.

A própria Bíblia não se chama de Palavra de Deus mas sim de Escritura. Exemplos:

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;” (II Timóteo 3 : 16)

Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.” (I Pedro 2 : 6)

Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” (II Pedro 1 : 20)

A Bíblia é inspirada por Deus e contém palavras de Deus em si, mas ela não é a Palavra e nem a Palavra se limita ao livro chamado Bíblia. Se você resiste em crer que a Bíblia não seja a Palavra de Deus, tente substituir Palavra ou Verbo (que no grego é sinônimo de Palavra) por Bíblia.

Entenda: A Bíblia testifica no céu junto com o Pai e o Espírito no lugar de Jesus? A Bíblia se fez carne? A Bíblia estava com Deus no principio e era Deus? E muitas outras questões. Sem falar que existiram várias versões da Bíblia. Eis alguns detalhes:

As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados. Inclusive protestantes entre protestantes. A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico. Os livros de Livro de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus e II Macabeus e as chamadas Adições em Ester e Adições em Daniel são considerados "deuterocanônicos" (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica. Além disso, existem 27 livros no Novo Testamento.

As igrejas cristãs ortodoxas e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).

Roger Bacon provou que vários textos da Bíblia haviam sido adulterados.

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso norte-americano Eusébio Sofrônio Jerônimo (conhecido como São Jerônimo pelos católicos) traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim, criando a Vulgata. No Concílio de Trento em 1542, essa versão traduzida foi estabelecida como versão oficial da Bíblia para a Igreja Católica. Em meados do século XIV o teólogo John Wyclif realizou a tradução da Bíblia para o inglês. Após a Reforma Protestante a Bíblia recebeu traduções para diversas línguas e passou a ser distribuída sem restrições para as pessoas.

Martinho Lutero traduz a Bíblia para a língua alemã enquanto estava escondido em Wittenberg do Papa Leão X, que queria fazer um "julgamento" após a publicação das 95 Teses.

A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda que dizia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do fato de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, versão que continha os Deuterocanônicos, e a que é de maior citação do Novo Testamento.

A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Velho Testamento do que das demais religiões cristãs e pelo Judaísmo.

Muito tem se debatido sobre o livro Bíblia. Sem falar nos livros que foram omitidos por uma turma do passado achar que não era correto. Privar alguém de ter conhecimento é monopolizar a informação. Querer que se siga o caminho daqueles que ocultaram fatos. No fundo, é para não se ter liberdade de escolha. E que eu me lembre, Deus deu ao homem o livre arbítrio. E gente, esse papo de ter sido o “Livro Sagrado” escrito por homens inspirados por Deus, não cola muito não. Não que seja verdade, mas se analisarem, pensem comigo: Deus não é o Supremo Criador do Universo?


Então, tudo é inspirado por Ele, não só a Bíblia. A ciência foi inspirada por Ele; As Artes; A Música; até os ateus foram concebidos por sua permissão. Vou mais longe: O Mal foi inspirado por Ele. Essa história desses líderes religiosos, padres, pastores, seja lá quem for, dizer que o Mal foi criado pelo Diabo é história pra boi dormir. Entendam que não nego a existência do chamado “Adversário” (e tantos outros nomes que ele se faz conhecido) e que ele carregue consigo a essência do Mal, mas não foi Lúcifer quem o criou. Pois sendo assim admitiríamos um segundo deus criador daquilo que é primordial, como o Mal e também o Bem. Vamos ilustrar?

“Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.” (Êxodo 32:14)

“Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol.” (II Samuel 12:11)

“Ora, quando o anjo estendeu a mão sobre Jerusalém, para destruí-la, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta; retira agora a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.” (II Samuel, 24:16)

“Eis que trarei o mal sobre ti; lançarei fora a tua posteridade, e arrancarei de Acabe todo homem, escravo ou livre, em Israel.” (I Reis, 21:21)

“Quando Eliseu ainda estava falando com eles, eis que o mensageiro desceu a ele; e disse: Eis que este mal vem do Senhor; por que, pois, esperaria eu mais pelo Senhor?” (II Reis, 6:33)


“Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.” (Isaias 45:6-7)

Naturalmente, há versões diferentes de Bíblia pra Bíblia, mas a essência é a mesma. Isso porque existem trocentas versões de bíblias espalhadas pelo mundo. Se fosse mesmo a Palavra de Deus, deveria ser uma só versão, conforme o era no tempo dos pergaminhos do Mar Morto. Claro, respeitando as traduções, mas que deveriam manter a tradução fiel do texto original. Como exemplo, essa mesma mensagem que escrevo. Se alguém quisesse espalhar o conteúdo pelo mundo afora, deveria ser exatamente como escrevi, sem alterar coisa alguma. Ou eu poderia processar quem alterasse o que escrevi. No caso de uma tradução para a cultura inglesa, os povos que falam inglês, o título deveria ser “Time For The Truth”, uma tradução fiel do texto em português. Mas não como “Time For The Joy” (A Hora da Alegria). Entendem?

E por falar em processar, imaginem se Deus resolver processar esses pilantras que alteraram os textos originais da bíblia, hein?

Ihh, gente, lembrei, acho que tem algo sobre isso lá no finalzinho do Apocalipse. Vamos dar uma olhada?

“Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.” (Apocalipse 22, 18-19)

Dízimos – O Artifício de Enriquecimento do Sistema

“O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos” (Salmos 101:07)
Sobre esse tema tão conturbador pra muita gente, não vou mais perder tempo tentando explicar o que muitos cristãos que são estudiosos e inteligentes já deveriam saber faz tempos. Para os que tem a mente bitolada, fechada, não usam outra fonte de informação que não seja a Bíblia (registros históricos e culturais de um povo, uma região, não contam nada, perda de tempo dos historiadores, só serve o que consta no livro de capa preta, que é “sagrado e infalível”, jogue fora todo o resto), então esses podem continuar a alimentar o Sistema podre que aí está, permitindo a certos “homens de Deus” que tenham cada dia mais uma vida de super luxo, nunca vivida por Jesus ou seus seguidores. Carrões importados, jatinhos particulares (aliás, verdadeiros boeings), segurança mais reforçada do que a do Fort Knox nos EUA, enfim, uma vida de verdadeiro Marajá.


Esses “líderes” meus amados, utilizam o famoso versículo de Malaquias 3:10 para tentarem justificar a cobrança dos dízimos (note que a palavra dízimo, no sentido de dizimar, tb significa matar. Dizimar=Matar). Contudo, eles pegam o trecho que lhes convem, que lhe interessam, pra ameaçar o povo inocente que se não contribuir, a ira do Deus todo poderoso cairá sobre suas cabeças, e toda sorte de adversidades possíveis. Entretanto, aprendemos que na leitura de um texto, sem compreender o contexto, é pretexto. Vejamos o que diz o famigerado versículo:
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.” (Malaquias 3:10)
Pegar só esse trecho do texto inteiro é moleza. Contudo, vamos ver o que diz o capítulo 1, versículo 6, para entendimento do contexto:
“O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?”
Reparem que Deus se refere aos Sacerdotes. Agora vamos ao capítulo 2, versículo 1:
“Agora, ó sacerdotes, este mandamento e para vós.”
E este capítulo vai até o final de Malaquias, ou seja, englobando também o famigerado capítulo 3, usado por esses pilantras disfarçados de homens de Deus para cobrarem o dízimo.


Logo, meus queridos, faz-se necessário a leitura do livro inteiro de Malaquias para se entender todo o contexto. Mas sabe o que acontece? Isso já está sedimentado, já está enraizado na cultura do povo evangélico desde quando os primeiros homens aqui chegaram para “evangelizar” o povo. Ninguem sabia nada de bíblia, ou o que era esse livro. Daí, eles com o conhecimento que tinham adqquirido, decidiram: “vamos usar essa passagem aqui e dizer que é para eles darem dinheiro, porque senão como vamos alimentar nosso Sistema?” Foi mais ou menos asssim. Isso foi há muito tempo, na construção das primeiras igrejas no Brasil. E me refiro ao nosso país, lá fora foi do mesmo modo, articulado pelos Concílios do passado que todo cristão conhece (pelo menos deveria conhecer).

Então, como mudar o que já está condicionado como certo? Fica difícil, né?
Agora um pequeno esclarecimento sobre a posição de cobrança de tributos que uma igreja necessita.

Apesar de ser contra a forma de como as igrejas vem cobrando a sua “sustentabilidade”, em forma de dízimos, não sou contra a instituição ter cobrança de tributos. Isso porque é uma instituição, ainda que religiosa, e necessita “sobreviver” como qualquer outra instituição onde frequentem pessoas. Imaginem um clube defutebol, com milhares de sócios, sem cobrar um centavo dos mesmos. Como se sustentaria, tendo que pagar conta de luz, água, telefone, manutenção geral, etc? cairia do céu?

Uma academia, por exemplo, você faz ginástica de graça lá? A menos que conheça o dono e tenha uma “colher de chá”, terá que pagar. Tudo tem que se pagar, meus amados. Nesse ponto defendo as igrejas contra outras religiõees que aparecem dizendo: “Aqui não cobramos dízimos das pessoas, tudo é feito com amor e caridade”. Caridade o escambau, vai lá a fundo pesquisar se pelo menos um grupo frequentador de tal instituição não tem que arcar com as contas do estabelecimento. Ou vem um anjo do céu e paga todas as contas? Ainda que se comprove que algum templo religioso independente do segmento que for, não tenha cobrança de taxas, os associados, membros, afiliados ou o nome que seja, tem que contribuir para a manutenção e continuidade do local, senão vai a pique, meus queridos. Não dá mesmo. De graça só no céu.


Os amigos então perguntarão: Mas no caso das igrejas, já que você é contra os dízimos, como elas se manterão? Simples: cobrança de mensalidades, como qualquer clube ou associação recreativa. Carnê de contribuições, algo do gênero, mas nada de usar o termo dízimo. Com certeza funcionaria e as pessoas de fora, que não são católicas ou evangélicas, entenderiam e aceitariam melhor. Se não entendessem, é porque são imbecis e não entendem coisa alguma na vida.
Funcionaria, tenho certeza, mas para isso teria que ser algo adotado não só nas igrejas Protestantes e Católicas do país, mas em todo o mundo, onde há cobrança de dízimo. E como está sedimentado a prática antiga, será quase impossível que um dia isso aconteça.
Deixo sobre o tema alguns materiais de estudo. Aliás, desafio os mais convictos que consideram que os dízimos são para os cristãos atuais a assistirem sem medo de terem suas opiniões formadas abaladas. Coragem, se são de Deus mesmos, vocês não tem o que temer. Assistam até o fim e tirem então suas conclusões.


A propósito, Deus não te castigará, se não der o dízimo, isso é coisa que esses homens do passado institucionaram. Deus quer outra coisa de você, acredite. Certamente, Ele não precisa do seu dinheiro, mesmo porque se é Deus, não precisa de nada disso, é Auto-Suficiente, pode tudo. Mesmo porque, não seria 10% do que você ganha que pagaria por tudo o que Deus já fez em sua vida, muitas das vezes situações que você nem percebeu que Ele agiu. Sua própria vida vale muito mais que qualquer dinheiro que você dê pra Deus. E a vida, é um dom gratuito de Deus!



O Dízimo segundo Malaquias - Parte A
O Dízimo segundo Malaquias - Parte B
Caio Fábio - Sobre dízimos e ofertas 1/3
Caio Fábio - Sobre dízimos e ofertas 2/3
Caio Fábio - Sobre dízimos e ofertas 3/3
O dizimo
Mara Maravilha diz que "Quem não dá Dízimo Rouba a Deus!" (esse é bem interessante)


Como o tema é muto extenso, dediquei ma postagem exclusiva sobre o assunto. Você poderá compreender melhor clicando aqui.


A hora da Verdade


“E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome; não os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.” (Jeremias 14:14).

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor”! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?
“Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus, 07: 21-23)
Palavras de Jesus, o Cristo.

“Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa: derramando o sangue, e destruindo vidas, para adquirirem lucro desonesto”.
“E os profetas têm feito para eles reboco com argamassa fraca tendo visões falsas, e adivinhando-lhes mentira, dizendo: Assim diz o Senhor Deus; sem que o Senhor tivesse falado.” (Ezequiel 22: 27-28)


Gostaria de deixar registrado e de forma bem clara e transparente, que os motivos que me levaram a escrever tamanha mensagem, além de receber um insight para tanto, foi também fruto de muita pesquisa sobre o tema, além é claro, de assistir a tamanha barbárie com que certos segmentos do Cristianismo (o Sistema criado pelo homem) vem se apresentando ao povo suas “mágicas divinas” com promessas de paz, felicidade e principalmente $ucesso em seus empreendimentos.


Informo a todos que esta mensagem não se destina a TODOS os católicos e evangélicos. Não. Sei que há muitos homens compromissados com a Verdade, que não de deixaram levar pela sedução do Mal e corromper os princípios divinos verdadeiros. Sei que há muitos padres que estão desmistificando os católicos em muitos aspectos da vida cristã cuja conduta tem se mostrada errônea, tais como adoração de imagens, crença em terços e objetos “consagrados”, pagação de promessas, e tantas outras atitudes incompatíveis com o verdadeiro sentido de ser cristão; Assim como sei que há muitos pastores, muitas das vezes desconhecidos do público (em sua maioria, posso afirmar), que pregam em sua igrejinha local, com templo simples, às vezes até de barro ainda, às vezes nem templo formado, um casebre, um local onde reúne pessoas interessadas em ouvir a Verdadeira palavra viva, que vivifica, que consola e conforta, que dá ânimo: a do Deus Vivo. E sei também que esses homens de Deus tem enfrentado barreiras imensas, pois pregam a Verdade. Mas um grupo, diria até mesmo uma...facção do Sistema Religioso que se enveredou por outro caminho: o do Mal. O da riqueza fácil. O da Enganação. E essa turma surgiu do Protestantismo, a outra divisão do Cristianismo (Catolicismo e Protestantismo). E dentro do protestantismo, formaram outra vertente, chamada de Neopentecostalismo. Pra quem não sabe, vejamos o que diz a Wikipédia sobre o movimento:


O Neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, metodistas, etc.). Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX, em1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América.


No Brasil, as igrejas mais representativas dessa corrente são a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Fonte da Vida de Adoração, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, o Ministério Nova Jerusalém, a Comunidade da Graça, a Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo (de Valnice Milhomens) e o Ministério Internacional da Restauração - MIR. Fazem parte ou se aproximam do Protestantismo Apostólico, que aceitam apóstolos, bispos e pastores ou missionários presidentes que norteiam o rumo de suas igrejas no País e pelo mundo. Tem um evangelismo massivo (boa parte delas possuem ou se utilizam de TVs, rádios, jornais, editoras ou literaturas próprias e portais ou sites).

As igrejas neopentecostais se baseiam em uma doutrina conhecida como "confissão positiva", também chamada Teologia da Prosperidade. De acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula do Uranio, também conhecido como fé ou doutrina da prosperidade promulgada por televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a
inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.
De acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão é um indício de falta de fé. Então um cristão deve ter a marca da plena fé, ser bem-sucedido, ter saúde plena física, emocional e espiritual, além de buscar a prosperidade material. A pobreza e a doença derivariam de maldições, fracassos, vida de pecado ou fé insuficiente e incredulidade.
Outros ensinamentos comuns em igrejas neopentecostais são a batalha espiritual (confronto espiritual direto com os demônios), maldições hereditárias, possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso), etc. Justamente a ênfase que as denominações neopentecostais dão a esses ensinos que as levam a ser bastante criticadas pelas demais denominações protestantes.


Pois bem. Já é o suficiente. Todos querem saber, como cristão, o que penso desses “homens de Deus”, que estão aí na mídia, na Política, realizando “maravilhas” em nome de Deus. Pois vamos lá:
Bando de enganadores, exploradores da boa fé das pessoas, aproveitadores.
Foi esse movimento, meus amados, que causou essa guerra toda, essa polêmica, dividindo o Evangelho Verdadeiro, que ficou desconhecido, por esse outro apresentado na mídia (TV, Rádios, Jornais). Esse não é o Verdadeiro Evangelho, não caiam nessa, e se tem amigos ou parentes em alguma dessas denominações, alerte-os para o perigo a que estão expostos. E se algum de vocês que estão lendo for de alguma denominação Neopentecostal, antes de vir me atirar pedras, ora a Deus com toda sinceridade, e peça a Ele pra te mostrar a Verdade, siga a Deus, a direção que Ele te mostrar, nunca aos homens que se dizem intermediários Dele. Eu já fui de algumas dessas igrejas, outras andei sondando os cultos, até mesmo como fonte para esta mensagem, e posso afirmar categoricamente que aquilo lá não é de Deus. Um detalhe ou outro, logicamente eles falarão a verdade, claro, senão já seriam desmentidos há muito mais tempo. Isso porque o Inimigo conhece a verdade também, ele a usa pra enganar as pessoas, são lobos em pele de cordeiro. Se acham os donos da verdade, mas são cães do inferno, aprisionando as pessoas no aprisco.




                                           Conclusão

O objetivo desta mensagem não foi o de criticar o Sistema Evangélico, particularmente o Neopentecostal, mas também de acordar as pessoas que ainda estão sendo enganadas por essa corja de safados que brincam com o nome de Deus. Como mencionei antes, sei que existem pessoas que levam o Evangelho a sério. E gostaria de fazer um convite a todos que não concordam com esse sistema iníquo que aí está, para protestarem de alguma forma, ao alcance de cada um. Seja por e-mail, seja de boca em boca, mas protestem. Isso se aplica também a você que porventura seja pastor e não concorde com essa farsa. Como líder de uma igreja, poderá falar ás massas, de uma forma mais dinâmica, direta. Não permitam que esse vírus se alastre ainda mais, desunindo as pessoas, causando revoltas e principalmente, denegrindo a imagem do verdadeiro Evangelho.


Como disse no início da mensagem, no tópico “O Chamado”, Deus está agindo de forma singular, um mover que se faz presente não só no meio evangélico, mas também católico, islâmico, judeu, enfim, de todas as religiões. É um retorno à Unidade. Pessoas desses segmentos estão sendo usadas para esse objetivo. E vou mais longe: a revolução acontece também em outras esferas, como o Sistema Político, Econômico, Científico. Transformações estão ocorrendo. Parem alguns instantes e reflitam o que está acontecendo ao seu redor no mundo.


É hora do ser humano se transformar. Deus já se cansou dessa letargia em que se encontra a humanidade. Não sei quando acontecerá de uma forma mais impactante, já está acontecendo, isso é fato. Cada um tem que fazer a sua parte. Antes que seja tarde demais.


Por ora, gostaria de deixar como sugestão mais alguns vídeos e também livros que os leitores do blog poderão achar interessante, e que eu tenho usado para meu entendimento pessoal e profundo sobre o Sistema Religioso. 


Vídeos:

O Sistema evangélico
Igreja Evangélica ou Centro de Cultos Afro-Brasileiros?
O cristianismo é o pior inimigo do Evangelho
Templo é Dinheiro?
Os Livros Banidos da Bíblia que não podemos Ler

Como ficar Rico montando um negócio rentável

Matérias:


Líderes da Maranata são suspeitos de espionagem

Justiça decreta intervenção na administração da Igreja Maranata
Manifesto dos membros da Igreja Cristã Maranata 
A decepção de um Procurador da República
Justiça dos EUA condena casal que orou em vez de levar filho ao médico

Sugestão de livros:





Obrigado pela atenção. Que o Deus de seu coração e de sua compreensão ilumine a sua vida.







sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Os "nascidos de Deus"

Meus leitores, essa eu não podia deixar passar em branco. Tinha que registrar. Se eu não visse, talvez não acreditasse.
Seguinte: estava eu retornando do trabalho, dentro do Metrô, quando numa estação, entra um homem, de aparência simples, com uma pasta na mão e celular na outra. O detalhe era sua camiseta branca, onde podia se notar a seguinte mensagem:

"Todo o que é nascido de Deus vence o mundo". 

Sim, eu sei. Tá na Bíblia Sagrada. Mas sabem o que eu achei engraçado nisso tudo? Ora, se Deus é o Criador Supremo de todas as coisas e criaturas, incluindo, obviamente nós, os humanos, então eu pergunto: alguém aí conhece alguem que seja nascido do Diabo?

Imaginem minha cara de Dr. House. É, aquela de indignação.
É o que sempre digo: esses crentes inveterados e suas fantásticas máximas! Sempre me surpreendo com eles. Fico imaginando o que vão inventar se o mundo não acabar em 21 de Dezembro. Aliás, nem quero pensar.
Taí a foto que tirei, discretamente, para que confiram esse grande momento histórico!!!

Bom final de semana a todos!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A decepção do fim



Acordo, sobressaltado, e olho para o relógio-despertador na cabeceira da cama. São 07:30 da manhã. Sábado. O sol brilha lá fora. Escuto o som dos carros, dos pássaros nas árvores, de conversas ao longe. De repente, lembro-me da dia: 22 de dezembro. 2012. Descobri o óbvio: o mundo não acabou. Meio lerdo, levanto e olho pela janela, a claridade me ofusca a visão. O mundo continua o mesmo. Nada mudou. "era pra ter sido ontem", penso comigo. Como eu havia deitado mais cedo, antes da meia-noite, imaginei que nosso lindo planeta azul sofresse a tão tenebrosa destruição profética nas horas restantes que antecedessem a virada da data. Eu iria estar dormindo mesmo, que importava? Mas ao acordar no dia seguinte, vi que não houve fim algum. Estaria o calendário Maia equivocado com o dia correto?

Do fundo de meu ser, um sorriso tímido, mas sarcástico, surge em minha face. Na verdade, era como eu imaginava. Não ia haver fim algum. Só se fosse o de um ciclo, mas não físico, e sim evolutivo. Evolução da mente humana. Bem que poderia ser. Imaginava que o ser humano acordasse com uma nova mentalidade, superior, de sua própria existência. Um salto na evolução de nossa espécie. Não precisaria que fôssemos destruídos, mas transformados. Mas isso só o tempo iria mostrar.

Agora fico imaginando: como ficarão os religiosos, principalmente os fanáticos, que aproveitam qualquer brecha para engabelarem o povo com um monte de baboseira sem sentido algum? E aí, grandes "profetas" do século XXI, cadê vocês? O que vão explicar para o mundo sobrevivente?

E o pior disso tudo, é que tem muita gente sem preparo algum que acredita nessas crendices e acabam destruindo verdadeiramente suas vidas, em detrimento de uma farsa. Ou, no mínimo, uma interpretação totalmente errônea da suposta profecia.

Mas de onde veio a idéia de que era uma profecia ? De onde tiraram isso ? E como isso se encaixa nos dias atuais em que estamos vivendo em nosso planeta ? Primeiramente, precisamos investigar a história desse calendário, usando diversas fontes.

História
Os maias se originam de uma região chamada Mesoamérica, ou América Média. A região fica entre o México e a América do Sul e era o lar de muitas outras culturas, incluindo os astecas, os olmec, os teotihuacan e os toltec. Os maias viveram onde hoje está a Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador e o sul do México (Yucatán, Campeche, Quintana Roo Tabasco e Chiapas).

 A história maia é dividida em três períodos:
  • formativa ou Pré-clássica: 2000 a.C. até 300 d.C;
  • clássica: 300 d.C. até 900 d.C;
  • pós-clássica: 900 d.C. até a Inquisição espanhola em meados de 1400.
Os mesoamericanos começaram a escrever na metade do período pré-clássico . Os maias foram os primeiros a manter um tipo de registro histórico e então, surgiram os primórdios do calendário. Os maias utilizavam os stelae, ou monumentos de pedra, para marcar os eventos civis, os calendários e o conhecimento em astronomia. Eles também registraram suas crenças religiosas e a mitologia em cerâmicas.

Os maias não foram os primeiros a usarem um calendário – existiram calendários antigos usados por civilizações do mundo todo – mas eles realmente inventaram quatro calendários diferentes. Dependendo de suas necessidades, os maias usavam diferentes calendários para registrar cada evento, sejam sozinhos ou uma combinação de dois calendários.
Veremos agora o primeiro calendário utilizado pelos maias, o calendário Tzolk’in.

O calendário tzolk’in foi o primeiro utilizado pelos maias. A maioria dos calendários utilizados na Mesoamérica eram compostos por 260 dias. O calendário tzolk’in, ou círculo sagrado, seguiu a mesma convenção. Uma teoria para essa duração de 260 dias é a duração da gravidez, e esse calendário foi baseado nisto. Outros dizem que era o tempo usado para cultivar milho. É mais correto que tenha sido baseado em números.
Os números tinham grande significado na cultura maia. Por exemplo, o número 20 significa o número de dígitos que uma pessoa possui – 10 dedos nas mãos e 10 dedos nos pés. O número 13 se refere às juntas principais do corpo humano por onde se acredita que as doenças entram para atacar – um pescoço, dois ombros, dois cotovelos, dois pulsos, dois quadris, dois joelhos e dois calcanhares. O número 13 também representava os níveis do paraíso onde os lordes sagrados reinavam sobre a Terra.
São estes números, 20 e 13, que são utilizados para fazer o calendário tzolk’in. No calendário gregoriano, nós temos sete dias da semana e, dependendo do mês, de 28 a 31 dias. O calendário tzolk’in é feito de 20 nomes de dias e 13 números. Os dias são numerados de um a 13 e os nomes também aparecem em uma seqüência.
O início do calendário tzolk’in começa com o primeiro nome de dia , imix’, e o número um. Os dias continuam em seqüência até que todos os 13 números sejam usados. Então, os números começam novamente com um, mas os nomes dos dias continuam com o 14° dia. Quando chegar no 13 b’en, você deve continuar com 1 Ix, 2 men, 3 kib’, e assim por diante até 7 ajaw. Neste ponto, os nomes dos dias começam de novo, mas os números continuam: 8 Imix’, 9 Ik’, 10 ak’b'al, e assim por diante.

Pense em duas engrenagens trabalhando em conjunto. Uma possui os 20 nomes dos dias e seus hieróglifos correspondentes. A outra menor possui os números de um a 13. Se você prender essas engrenagens uma na outra no número 1 com o dia Imix’, e depois girá-las até chegar no um com Imix’ novamente, você terá 260 dias, completando todo os calendário tzolk’in.
É fácil perceber a importância que os maias colocavam no calendário tzolk’in. Por exemplo, eles acreditavam que a data do seu nascimento determinava as características que você demonstra em sua personalidade – quase a mesma crença que as pessoas têm sobre na astrologia atual.

Os maias também utilizavam o calendário para determinar a agenda da colheita: É preciso um ciclo de 260 dias para preparar a terra e plantar o milho, e um ciclo de 260 dias para cultivar e colher o milho.
Os homens sagrados utilizavam o calendário para determinar quando eventos aconteceriam ao longo do ano. No início de cada uinal (período de 20 dias), um xamã contaria a partir daí para determinar quando os eventos e as cerimônias religiosas aconteceriam. Então, ele ajustava as datas que seriam as mais prósperas ou mais afortunadas para a comunidade.
Enquanto estas foram algumas das utilizações do calendário tzolk’in, ele não podia ser utilizado para qualquer coisa. Por exemplo, ele não media um ano solar, o tempo necessário para que o Sol complete um ciclo. Por causa disso, os maias precisavam de um calendário mais preciso para medir o que nós conhecemos como um ano completo.

Agora veremos as próximas tentativas, o calendário haab e o ciclo do calendário.
O calendário haab e o ciclo de calendário
O calendário haab é muito parecido com o calendário gregoriano que utilizamos atualmente. Ele é baseado no ciclo do Sol, e era utilizado nas atividades de agricultura, de economia e de contabilidade. Muito parecido com o calendário tzolk’in , também era composto de uinals e cada dia tinha seu próprio hieróglifo e um número. Todavia, ao invés de usar 13 uinals para 260 dias, o calendário Haab tinha 18 uinals, resultando em 360 dias.
Os astrônomos perceberam que 360 dias não eram suficientes para que o Sol completasse o seu ciclo. Eles argumentaram que o calendário deveria seguir o ciclo o mais próximo possível a fim de se obter uma precisão. Entretanto, os matemáticos maias não percebiam dessa maneira. Eles queriam manter as coisas mais simples, em conjuntos de 20, assim como o seu sistema matemático. Os astrônomos e os matemáticos finalmente concordaram com os 18 uinals, com cinco “dias sem nomes” chamados de wayeb.
O wayeb, ou uayeb, é considerado um “mês” de cinco dias e é conhecido por ser uma época muito perigosa. Os maias acreditavam que os deuses descansavam durante esse período, deixando a Terra desprotegida. Os maias realizavam cerimônias e rituais durante o wayeb na esperança de que os deuses retornassem novamente.

Enquanto esse calendário era mais longo do que o tzolk’in, os maias queriam criar um outro que pudesse registrar ainda mais tempo. Por essa razão, os calendários tzolk’in e Haab foram combinados para criar o ciclo de calendário.
No ciclo de calendário, os 260 dias do calendário tzolk’in são combinados com os 360 dias e os cinco dias sem nome do calendário haab. Os dois calendários são combinados do mesmo modo dos dias e números do tzolk’in (lembre-se da ilustração das engrenagens da segunda página). Isso dá ao ciclo de calendário 18.890 dias únicos, um período de tempo de cerca de 52 anos.

Nem o calendário tzolk’in e nem o calendário haab contavam mais do que um ano. Os maias queriam registrar a história e decidiram criar um calendário que os daria um período maior do que um ano. Na época, o ciclo de calendário foi o mais longo da Mesoamérica. Os historiadores da época, entretanto, queriam registrar a história maia para as gerações futuras. Eles queriam um calendário que os levaria através de centenas ou até milhares de anos (o que nós descreveríamos como séculos e milênios). Entra o calendário de longa contagem.
O calendário de longa contagem
Infelizmente, o calendário de longa contagem não é tão simples como combinar dois calendários para se ter novas datas. É um pouco mais complicado e abstrato. A fim de entender a longa contagem, você primeiro precisa estar familiarizado com alguns termos:
  • um dia – kin
  • 20 dias – uinal
  • 360 dias – tun
  • 7.200 dias – katun
  • 144.000 dias – baktun
A duração do calendário de longa contagem é chamada de o grande ciclo, e tem aproximadamente 5.125,36 anos. Para encontrar a data do calendário de longa contagem correspondente a qualquer data gregoriana, você vai precisar contar os dias a partir do início do último grande ciclo. Mas, determinar quando o último ciclo começou e combiná-lo com uma data gregoriana é um desafio e tanto. O antropólogo inglês, Sir Eric Thompson se encarregou de determinar a data e ele pesquisou a Inquisição espanhola para auxiliá-lo.

O resultado ficou conhecido como a Correlação Thompson. Os eventos da Inquisição foram registrados no calendário maia de longa contagem e no calendário gregoriano. Os estudiosos então reuniram datas que combinavam em ambos os calendários e as compararam com o Código Dresden, um dos quatro documentos maias que sobreviveram à Inquisição. Esse código confirmou a data há muito tempo tida por Thompson como sendo o início do grande ciclo atual – 13 de agosto de 3114 a.C.

Agora que encontramos o início do grande ciclo, vamos colocar a longa contagem em prática. Nós iremos usar uma data que é familiar para muitas pessoas – 20 de julho de 1969, o dia em que a Apollo 11 pousou na Lua. No calendário de longa contagem, esta data é representada como 12.17.15.17.0. Você perceberá que existem cinco números nesta data. Lendo da esquerda para a direita, o primeiro lugar significa o número de baktuns desde o início do Grande Ciclo. Neste caso, existiram 12 baktuns, ou 1.728.000 dias (144.000 x 12) desde 13 de agosto de 3114. O segundo número está relacionado ao número de katuns que passaram. Então, ele continua à direita com o número de tuns, uinals e kins.

Agora que já explicamos como funciona o calendário, iremos proceder agora à raiz de toda essa celeuma, que é o ano de 2012.

O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (infelizmente não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012 no calendário gregoriano.

Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia. Ou seja, os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto. E em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último. A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1.

A realidade é que a profecia maia é, do ponto de vista científico, apenas um mito. E mesmo se existisse uma profecia, porque uma cultura que fazia sacrifícios rituais humanos deveria ter qualquer credibilidade em afirmar o que aconteceria séculos depois com o planeta?

Pior ainda, nem puderam prever o próprio fim..!

Tudo começou com a divulgação das descobertas arqueológicas sobre a civilização maia, em que se desvendou a história de sua ascensão e queda, o desenvolvimento científico e tecnológico antes de sua queda pelas mãos dos espanhóis, a tradução dos escritos maias e depois divulgadas, um melhor conhecimento de sua cultura e religião.

A inversão dos pólos

Segundo um resumo fornecido pelo Observatório Nacional, não se conhece qualquer relação entre inversão dos pólos e eras glaciais (que mais tem a ver com o movimento dos oceanos). Há duas questões, aí. Falamos de inversão dos pólos magnéticos. Como se sabe, a terra possui um campo magnético e as linhas de fluxo deste campo seguem aproximadamente nossos pólos geográficos. Temos indícios que esses pólos se invertem (o norte vai para o sul e o sul para o norte, mas nada tem a ver com a rotação da terra). Não se sabe exatamente porque esses pólos se invertem. O modelo é que a terra possui um núcleo rico em metais ferro-magnéticos (ferro inclusive). O alinhamento do campo magnético se dá, provavelmente, por influência do sol. Com esse modelo, os pólos não se inverteriam. Para saber mais precisamos de informações que estão próximas ao centro da terra e ainda não temos tecnologia para alcançá-lo (a não ser em Hollywood). Outra questão é o “deslocamento” dos pólos geográficos. Regiões, hoje cobertas pelo gelo, como a Antártida, sabemos que já floresceram grandes florestas tropicais. Outras, hoje sob calor de torrar, já foram cobertas de gelo.

Explicações para isso terminam no deslocamento do pólo, coisa que também não sabemos por que e como se dá. Observamos, atualmente, deslocamentos mais ou menos caóticos, de ordem de dezenas de metros, o que, tampouco sabemos explicar.

Vale acrescentar que a revista Scientific American Brasil publicou em maio de 2005 um artigo sobre o assunto, Viagem ao Geodínamo, por Gary A. Glatzmaier e Peter Olson, onde relatam pesquisas sobre os mecanismos das inversões magnéticas.

São 01:48 da madrugada. Dia 05 de Dezembro de 2012. Termino de escrever sobre um fim que não teve início. Fim esse que, para alguns tantos, foi uma grande satisfação por não ter acontecido. Contudo, para muitos outros, com certeza, uma grande decepção....