As Figuras de Acámbaro
As figuras
de Acámbaro são uma coleção de mais de 32 mil peças encontradas em
Acámbaro, no estado de Guanajuato, México, por Waldemar Julsrud. Essas
estatuetas parecem representar dinossauros, animais extintos e pessoas
de culturas dovelho continente. Determinações não oficiais de carbono
14 estimam sua idade em 6000 anos.
Dado
que lembram dinossauros, as figuras são algumas vezes citadas como
anacronismos. Alguns criacionistas afirmam a existência de tais figuras
como uma evidência para a coexistência de humanos e dinossauros, em
uma tentativa de colocar em dúvida os métodos científicos de datação e
potencialmente oferecer apoio a uma interpretação literal da Bíblia.
Entretanto,
não há evidência confiável para a validade das figuras de Acambaro
como artefatos verdadeiramente antigos ; eles são aceitos por meios não
acadêmicos de arqueologia e paleontologia (incluindo-se aí
pseudoarqueologia), e os motivos de muitos que os apoiam são
questionáveis.
Descobrimento
Em
1944 Waldemar Julsrud, comerciante de ferragens de origem alemã,
descendo a cavalo o mais baixo declive da montanha de El Toro,
deparou-se com uma parte de um objeto cerâmico enterrado parcialmente na
terra. Julsrud de forma alguma era um desconhecido de artefatos de
civilizações antigas: possuía uma das maiores e mais valiosas e extensas
colecções de cerâmica Chupicuaro em existência, com várias centenas
de peças. Tinha, também, noções de arqueologia e imediatamente
percebeu que essas peças eram diferentes de tudo que já havia visto.
Ele
fez um arranjo com um de seus empregados, Odilon Tinajero, para
escavar na área, a fim de encontrar mais peças. Julsrud concordou em
pagar Tinajero um peso para cada estatueta que estivesse completa, ou
pudesse ser facilmente reparada.
As estátuas escavadas variavam de 2 cm a 1,8 metro de comprimento.
Alguma destas mostravam estranhas criaturas em associação ativa com
humanos – geralmente os devorando (mordendo). Aproximadamente 10%
destas criaturas se assemelhavam a dinossauros e foram encontradas em grupos de 20 a 30 peças.
Waldemar
Julsrud lotou completamente sua mansão de doze cômodos com a coleção
de mais de 33 500 peças. Havia ídolos, instrumentos musicais como
flautas, curiosas máscaras, ferramentas e utensílios que indicavam
conexões culturais com egípcios e sumerianos, assim como estatuetas
esculpidas em barro em diversas cores e humanos de diferentes povos:
asiáticos, africanos, caucasianos barbados, esquimós, mongóis, como
também de criaturas monstruosas, misturas curiosas de humanos com
animais, e muitas outras até hoje inexplicáveis criações.
Argumentos pela autenticidade
Posteriormente
aspectos considerados erroneamente representados nas esculturas, como
por exemplo os serrilhados das costas, mostraram-se corretos com a
descoberta recentes de impressões fósseis da pele dos dinossauros, fato
desconhecido na época das descobertas. Relatos de observadores da
escavação indicam que havia crescimento de raízes antigas por entre as
peças.
Evidências de fraude e realidades
As
circunstâncias da “escavação” das figuras são motivo de suspeita.
Julsrud afirma que pagou a camponeses por cada figura que lhe
entregaram, pelo que é plausível, pode ser que estes fabricaram as
estatuetas e as fizessem passar por relíquias autênticas.
Segundo
Charles C. DiPeso, a superfície de algumas figuras evidenciava que
eram de factura recente. Não mostravam as características habituais de
elementos que teriam permanecido enterrados durante milhares de anos.
Se realmente fossem relíquias autênticas estariam arranhadas e
desgastadas como o restante dos artefatos encontrados nessa área do
México.
Também
é estranho o grande número de figuras recuperadas em tão bom estado e
inclusive as que parecem gastas têm fraturas limpas, que se deduz
serem recentes.