quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A resposta do Papa Francisco a um ateu.

Na quarta-feira, 11 de Setembro de 2013, o jornal La Repubblica, um dos maiores jornais italianos, publicou uma carta aberta que o Papa Francisco escreveu à Eugenio Scalfari, fundador e atual colunista dominical desse veículo de comunicação. A carta do Papa pretende ser uma resposta a duas cartas abertas que Scalfari escreveu a Francisco e publicou nos dias 7 de Julho e 7 de Agosto desse ano de 2013 no editorial do La Repubblica.
Em ambas, Scalfari formula - como alguém que tem uma cultura iluminista e não procura a Deus - “perguntas de um não crente ao papa jesuíta chamado Francisco”.
Pois “aqui e hoje não sou um jornalista - escreve Scalfari - sou um não crente que há anos está interessado e apaixonado pela pregação de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José (...). Tenho uma cultura iluminista e não procuro a Deus. Acho que Deus seja uma invenção consoladora e ilusória da mente dos homens”.

Em primeiro lugar o pontífice agradece pela atenção com que Scalfari quis ler a encíclica Lumen Fidei que “está dirigida não somente a confirmar na fé em Jesus Cristo aqueles que já a tem, mas também a suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como você, se define ‘um não crente há anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré’, escreve o Papa.

Duas circunstâncias ao longo da história dificultaram esse diálogo, destacou o Papa. A primeira é que a fé cristã foi muitas vezes e erroneamente vista como “escuridão da superstição que se opõe à luz da razão”. Dessa forma entre Igreja e cultura iluminista se instaurou um muro que impossibilitou todo e qualquer diálogo.

A segunda circunstância, diz o Papa, é que para o crente este diálogo não é um acessório secundário “mas é, pelo contrário, uma expressão íntima e indispensável”.
Confessa o Pontífice que “a fé, para mim, nasceu de um encontro com Jesus. Um encontro pessoal, que tocou o meu coração e deu uma direção e um novo sentido à minha existência”. “Sem a Igreja – acredite-me – não poderia ter encontrado Jesus, embora com a consciência de que aquele grandíssimo dom que é a fé está guardado nos vasos de barro da nossa humanidade”.

E é “desta pessoal experiência de fé vivida na Igreja, que me encontro à vontade ao escutar as suas perguntas e ao buscar, junto com você, os caminhos pelos quais possamos, talvez, começar a percorrer juntos”, escreve o Pontífice.

Agora, a carta do Papa, na íntegra:

 
AO DIRECTOR DO JORNAL ITALIANO «LA REPUBBLICA» DOTT. EUGENIO SCALFARI

Vaticano, 4 de Setembro de 2013

Prezado Dr. Scalfari, 

Com viva cordialidade queria, através desta, procurar, ainda que apenas em linhas gerais, responder à carta que houve por bem dirigir-me, nas páginas do jornal La Repubblica de 7 de Julho, com uma série de reflexões pessoais, que haveria de desenvolver nas páginas do mesmo jornal do dia 7 de Agosto.

Começo por lhe agradecer a solicitude que teve em ler a Encíclica Lumen fidei. De facto, esta – na intenção do meu amado Predecessor, Bento XVI, que a idealizou e em grande parte redigiu e de quem a herdei com imensa gratidão – tem em vista não só confirmar na fé em Jesus Cristo aqueles que nela já que se reconhecem, mas também suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como o senhor, se define «um não-crente há muitos anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré».

Parece-me, pois, muito positivo, tanto para nós individualmente como para a sociedade em que vivemos, determo-nos a dialogar sobre uma realidade tão importante como é a fé, que faz apelo à pregação e à figura de Jesus.

Em particular, penso que há hoje duas circunstâncias que tornam obrigatório e precioso este diálogo. Aliás o mesmo constitui – como se sabe – um dos objectivos principais do Concílio Vaticano II, querido por João XXIII, e do ministério dos Papas, que desde então até aos nossos dias – cada um com a própria sensibilidade e contribuição – têm caminhado pelo sulco traçado pelo referido Concílio.

A primeira circunstância – como lembram as páginas iniciais da Encíclica – decorre do facto de, ao longo dos séculos da modernidade, se ter assistido a um paradoxo: a fé cristã, cuja novidade e incidência na vida do homem foram expressas, desde o início, precisamente através do símbolo da luz, tem sido muitas vezes rotulada como a obscuridade da superstição, que se opõe à luz da razão. E assim se chegou à incomunicabilidade entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de traça iluminista, por outro. Chegou o tempo – o próprio Vaticano II inaugurou a estação – de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas para um encontro sério e fecundo.

A segunda circunstância, para quem procura ser fiel ao dom de seguir Jesus na luz da fé, decorre do facto de este diálogo não constituir um acessório secundário da existência do crente; antes, pelo contrário, é sua expressão íntima e indispensável. A este respeito, deixe-me citar-lhe uma declaração, na minha opinião muito importante, da Encíclica: dado que a verdade testemunhada pela fé é a do amor – como lá se sublinha – «resulta claramente que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. O crente não é arrogante; pelo contrário, a verdade torna-o humilde, sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que nos abraça e possui. Longe de nos endurecer, a segurança da fé põe-nos a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos» (n. 34). Este é o espírito que me anima nas palavras que lhe escrevo.

A fé, para mim, nasceu do encontro com Jesus: um encontro pessoal, que tocou o meu coração e deu uma direcção e um sentido novo à minha existência; mas, ao mesmo tempo, um encontro que se tornou possível pela comunidade de fé em que vivi e graças à qual encontrei o acesso ao entendimento da Sagrada Escritura, à vida nova que flui, como jorros de água, de Jesus através dos sacramentos, à fraternidade com todos e ao serviço dos pobres, verdadeira imagem do Senhor. Sem a Igreja – creia-me! –, eu não teria podido encontrar Jesus, embora ciente de que este dom imenso da fé está guardado em frágeis vasos de barro que é a nossa humanidade.

Ora, é precisamente a partir desta experiência pessoal de fé vivida na Igreja que me sinto à vontade para perscrutar as suas perguntas e procurar, juntamente com o senhor, as estradas ao longo das quais possamos talvez começar a fazer um pedaço de caminho juntos.
Desculpe, se não sigo passo a passo as argumentações que propôs no editorial de 7 de Julho. Parece-me mais frutuoso – ou pelo menos está mais de acordo com o meu génio – ir de certo modo ao coração das suas considerações. Não entro sequer na modalidade de exposição que segue a Encíclica e na qual o senhor entrevê a falta duma secção dedicada especificamente à experiência histórica de Jesus de Nazaré.

Para começar, limito-me a observar que uma tal análise não é secundária. Trata-se efectivamente – seguindo aliás a lógica que guia o desenrolar da Encíclica – de deter a atenção sobre o significado daquilo que Jesus disse e fez e assim, em última instância, sobre aquilo que Jesus foi e é para nós. De facto, as Cartas de Paulo e o Evangelho de João, especialmente referidos na Encíclica, estão construídos sobre o sólido fundamento do ministério messiânico de Jesus de Nazaré, cuja resolução chega ao seu auge na páscoa de morte e ressurreição.

Por isso, é preciso confrontar-se com Jesus – diria – na dimensão concreta e tosca da sua história, tal como nos é narrada sobretudo pelo mais antigo dos Evangelhos, o de Marcos. Aí se constata que o «escândalo», que as palavras e a actividade de Jesus provocam ao seu redor, deriva da sua extraordinária «autoridade» – termo este, atestado já desde o Evangelho de Marcos mas que não é fácil de traduzir em italiano. A palavra grega é exousia, que literalmente se refere àquilo que «provém do ser» que se é. Trata-se portanto, não de algo exterior ou forçado, mas de algo que brota de dentro e se impõe por si mesmo. Realmente Jesus impressiona, desinstala, reforma a partir – Ele mesmo o disse – da sua relação com Deus, que trata familiarmente por Abbá, o qual Lhe confere esta «autoridade» para que Ele a aplique a favor dos homens.

Assim, Jesus prega «como alguém que tem autoridade», cura, chama os discípulos para O seguirem, perdoa... Todas estas coisas, no Antigo Testamento, são prerrogativa de Deus, e só Deus. A pergunta, que mais vezes reaparece no Evangelho de Marcos – «Quem é este que... ?» – e que diz respeito à identidade de Jesus, nasce da constatação de uma autoridade diferente da do mundo, uma autoridade que não tem como finalidade exercer um poder sobre os outros mas servi-los, dar-lhes liberdade e plenitude de vida. E isto até ao ponto de arriscar a sua própria vida, até experimentar a incompreensão, a traição, a rejeição, até ser condenado à morte, até cair no estado de abandono na cruz. Mas Jesus permanece fiel a Deus até ao fim.

E é precisamente então – como exclama o centurião romano ao pé da cruz, no Evangelho de Marcos – que, paradoxalmente, Jesus Se mostra como o Filho de Deus! Filho de um Deus que é amor e que quer, com todo o seu ser, que o homem, todo o homem, se descubra e viva, também ele, como seu verdadeiro filho. Para a fé cristã, isto é certificado pelo facto de que Jesus ressuscitou: não para triunfar sobre aqueles que O rejeitaram, mas para atestar que o amor de Deus é mais forte do que a morte, o perdão de Deus é mais forte do que todo o pecado, e que vale a pena gastar a própria vida, até ao fim, para testemunhar este dom imenso.

A fé cristã acredita nisto: Jesus é o Filho de Deus que veio dar a sua vida para abrir a todos o caminho do amor. Por isso, ilustre Dr. Scalfari, tem razão quando vê, na encarnação do Filho de Deus, o perno da fé cristã. Já Tertuliano escrevia: «caro cardo salutis – a carne é o perno da salvação». É que a encarnação, ou seja, o facto de o Filho de Deus ter tomado a nossa carne e compartilhado alegrias e sofrimentos, vitórias e derrotas da nossa existência até ao grito da cruz, vivendo tudo no amor e na fidelidade ao Abbá, testemunha o amor incrível que Deus tem por cada homem, o valor inestimável que lhe reconhece. Por isso, cada um de nós é chamado a assumir o olhar e a opção de amor de Jesus, a entrar no seu modo de ser, pensar e agir. Esta é a fé, com todas as suas expressões que são descritas concretamente na Encíclica.

* * *
Além disso, no mesmo editorial de 7 de Julho, o senhor pergunta-me como entender esta originalidade da fé cristã, assente precisamente na encarnação do Filho de Deus, face a outras crenças que por sua vez gravitam em torno da transcendência absoluta de Deus.

Eu diria que a sua originalidade está precisamente no facto de que a fé nos faz participar, em Jesus, na relação que Ele mesmo tem com Deus que é Abbá e, nesta luz, participar na relação que Ele tem com todos os outros homens, incluindo os inimigos, sob o signo do amor. Por outras palavras, a filiação de Jesus, como no-la apresenta a fé cristã, não é revelada para marcar uma separação intransponível entre Jesus e todos os outros, mas para nos dizer que, n'Ele, todos somos chamados a ser filhos do único Pai e irmãos entre nós. A singularidade de Jesus visa a comunicação, não a exclusão.

Claro, daqui segue-se também – e não é pouco – a distinção entre a esfera religiosa e a esfera política, que está sancionada no «dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César", afirmada com nitidez por Jesus e sobre a qual, laboriosamente, se construiu a história do Ocidente. De facto, a Igreja é chamada a semear o fermento e o sal do Evangelho, ou seja, o amor e a misericórdia de Deus que envolvem todos os homens, apontando para a meta escatológica e definitiva do nosso destino, enquanto à sociedade civil e política cabe a árdua tarefa de articular e encarnar na justiça e na solidariedade, no direito e na paz, uma vida cada vez mais humana. Para quem vive a fé cristã, isto não significa fuga do mundo nem vontade de qualquer hegemonia, mas serviço ao homem, ao homem todo e a todos os homens, a partir das periferias da história e mantendo desperto o sentido da esperança que impele a realizar o bem em todas as circunstâncias e com o olhar sempre fixo no além.

Na conclusão de seu primeiro artigo, o senhor pergunta-me ainda o que dizer aos irmãos judeus sobre a promessa que Deus lhes fez: terá ela caído completamente no vazio? Trata-se de uma questão – pode crer – que nos interpela radicalmente como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II redescobrimos que o povo judeu continua a ser, para nós, a raiz santa donde germinou Jesus. Na amizade que cultivei durante todos estes anos com os irmãos judeus, na Argentina, também eu muitas vezes questionei a Deus na oração, especialmente quando a mente se detinha na recordação da experiência terrível do Holocausto. O que lhe posso dizer – com palavras do apóstolo Paulo – é que nunca esmoreceu a fidelidade de Deus à aliança estabelecida com Israel e que, através das terríveis provações destes séculos, os judeus conservaram a sua fé em Deus. E nunca lhes agradeceremos suficientemente por isso, não só como Igreja, mas também como humanidade. Além disso, perseverando eles precisamente na sua fé no Deus da aliança, lembram a todos, inclusive a nós cristãos, o facto de que permanecemos, como peregrinos, à espera do regresso do Senhor e, por conseguinte, devemos manter-nos sempre abertos a Ele, sem nos fecharmos jamais no que já conseguimos. 

E assim chego às três perguntas que me coloca no artigo de 7 de Agosto.

Parece-me que, nas duas primeiras, aquilo que lhe está a peito é entender a atitude da Igreja com quem não partilha a fé em Jesus. Antes de mais nada, pergunta-me se o Deus dos cristãos perdoa a quem não acredita nem procura acreditar. Admitido como dado fundamental que a misericórdia de Deus não tem limites quando alguém se Lhe dirige com coração sincero e contrito, para quem não crê em Deus a questão está em obedecer à própria consciência: acontece o pecado, mesmo para aqueles que não têm fé, quando se vai contra a consciência. De facto, ouvir e obedecer a esta significa decidir-se diante do que é percebido como bem ou como mal; e é sobre esta decisão que se joga a bondade ou a maldade das nossas acções.

Em segundo lugar, o senhor pergunta-me se é um erro ou um pecado pensar que não existe nada absoluto e, consequentemente, também não há uma verdade absoluta mas apenas uma série de verdades relativas e subjectivas. Para começar, eu não falaria – nem mesmo para aqueles que acreditam – de verdade «absoluta» dando ao termo absoluto o sentido daquilo que está desligado, que carece de qualquer relação, porque a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Portanto, a verdade é uma relação! E tanto é assim, que cada um de nós capta a verdade e exprime-a a partir de si mesmo: da sua história e cultura, da situação em que vive, etc. Isto não quer dizer que a verdade seja variável e subjectiva. Longe disso! Significa, sim, que ela se nos dá sempre e só como um caminho e uma vida. Porventura não disse o próprio Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida»? Por outras palavras, sendo a verdade, em última análise, uma só coisa com o amor, requer a humildade e a abertura para ser buscada, acolhida e expressa. Concluindo, é preciso entendermo-nos bem sobre os termos e, para sair dos estrangulamentos duma contraposição... absoluta, talvez seja necessário reformular em profundidade a questão. Penso que isto seja hoje absolutamente necessário para se estabelecer aquele diálogo sereno e construtivo que eu almejava ao início deste meu texto.

Na última questão, pergunta-me se, com o desaparecimento do homem da terra, desaparecerá também o pensamento capaz de pensar Deus. É certo que a grandeza do homem está em ser capaz de pensar Deus, isto é, em poder viver uma relação consciente e responsável com Ele. Mas, a relação é entre duas realidades. Deus – tal é o meu pensamento e a minha experiência, mas são muitos os que, ontem e hoje, os compartilham! - não é uma ideia, ainda que muito elevada, fruto do pensamento do homem; Deus é realidade com o «R» maiúsculo. Jesus no-Lo revela – e vive em relação com Ele – como um Pai de bondade e misericórdia infinitas. Por isso, Deus não depende do nosso pensamento. Aliás, mesmo quando acabar a vida do homem sobre a terra – e, segundo a fé cristã, este mundo tal como o conhecemos está destinado em todo o caso a perecer –, não deixará de existir o homem; e com ele, de um modo que ignoramos, o próprio universo também não. A Escritura fala de «um novo céu e uma nova terra» e afirma que, no final – num onde e quando que nos ultrapassam mas para os quais, na fé, tendemos com desejo e expectativa – Deus será «tudo em todos». 

E assim concluo, ilustre Dr. Scalfari, estas minhas reflexões, suscitadas por tudo o que me quis comunicar e perguntar. Receba-as como uma tentativa de resposta, provisória mas sincera e confiante, ao convite que vislumbrei para fazermos um pedaço de estrada juntos. A Igreja – creia-me! – apesar de todas as lentidões, infidelidades, erros e pecados que possa ter cometido e pode ainda cometer nos que a compõem, não tem outro sentido e finalidade que não seja viver e testemunhar Jesus: Ele, que foi enviado pelo Abbá para «anunciar a Boa-Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista, mandar em liberdade os oprimidos, proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4,18-19 ). 

Com fraterna amizade,


Franciscus PP
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Conheça o primeiro arranha-céu “invisível” do mundo.

Primeiro arranha-céu “invisível” do mundo usa LEDs e câmeras para desaparecer.

Uma nova torre deve surgir nos arredores de Seul, Coréia do Sul: a Tower Infinity, edifício com 450 metros de altura, enfim recebeu autorização para ser construída.
A GDS Architects, responsável pelo projeto, a chama de “anti-ponto turístico”. É que, com a ajuda de uma esperta rede de câmeras e painéis LED, este arranha-céu pode desaparecer no céu noturno ao apertar de um botão.
Ele usa uma fachada que permite capturar a vista atrás do arranha-céu para, simultaneamente, projetá-la na superfície da torre. Isso permite que o prédio se misture com o plano de fundo, como um enorme camaleão cristalino.
Em cada face do arranha-céu, haverá três câmeras – em alturas diferentes – para capturar fotos do céu. Estas imagens serão processadas e reunidas em uma só, e então projetadas no outro lado do edifício.
Mas você precisa estar no ponto de vista certo para o efeito funcionar, certo? É por isso que haverá câmeras e telas LED nos seis lados do edifício, para o Tower Infinity “sumir” não importa de onde você esteja olhando.
O potencial da tecnologia é sedutor. As 500 fileiras de painéis LED permitem que todo o edifício “desapareça”, mas a fachada também pode ser usada para exibir imagens de eventos especiais, agindo como um grande outdoor – ou para instalações de arte bem espetaculares. Talvez haverá uma fusão dos dois, semelhante à façanha extraordinária da Nokia nas paredes de Millbank Tower, próximo a Londres, em 2011.
O edifício será construído no distrito empresarial Yongsan, nos arredores de Seul. Ou seja, ele ficará próximo ao aeroporto internacional Incheon, e poderá ser visto por quem estiver vindo dele. Torcemos que alguém tenha pensado na combinação potencialmente perigosa entre aviões e um arranha-céu invisível. Talvez a rota dos aviões nunca cruze com o edifício?
Note, no entanto, que a torre não ficará sempre invisível: mesmo à noite, ela pode emitir um grande feixe de luz para se destacar na linha do horizonte.
Este arranha-céu tem algumas outras características intrigantes e não-convencionais. Para começar, os espaços internos serão inteiramente utilizados para fins de entretenimento e lazer, ao contrário de outras super-torres nos últimos tempos, dominadas por usos residenciais e comerciais de luxo.
Nele, teremos um cinema 4D, restaurantes, jardins com paisagismo, e o terceiro mais alto deck de observação do mundo, a 392 m de altura. As imagens da GDS também indicam que haverá espaços abertos e públicos, semelhantes aos jardins do céu da Shanghai Tower, na China.
Além disso, no elevador para o deck de observação, há um truque bem bacana: toda a superfície interna dele exibe como é a vista de outros grandes edifícios no mundo. Michael Collins, da GDS, explica: “Os usuários entram no elevador e, durante a ascensão… começa a experiência onde todas as paredes se transformam em pontos de vista reais, em suas alturas correspondentes, de torres de observação/edifícios significativos em todo o mundo”.
Mas voltando à invisibilidade: seria isto a magia da engenhosidade tecnológica, ou uma nova forma de exibicionismo arquitetônico?
O diferencial desta proposta arquitetônica, que ganhou uma competição internacional de design em 2008, está em sumir da vista. A GDS Architects diz que ele “celebra a comunidade global, em vez de se concentrar em si mesmo”. Eles argumentam que, “em vez de simbolizar proeminência como outras torres altas do mundo, a nossa solução visa proporcionar primeira torre invisível do mundo”.
Sim, este arranha-céu tem certas características admiráveis: sua fachada experimental quebra a sequência constante de monólitos de vidro sem personalidade, que emergem em cidades ao redor do mundo. Mas sugerir que o truque de desaparecimento faz com que ela seja um arranha-céu menos extravagante e mais humilde? Por favor, né. Se funcionar como esperado, esta camuflagem tornará a Tower Infinity um dos pontos turísticos mais notáveis do mundo.
A maior capa da invisibilidade do mundo ainda não tem data para ser posta à prova: nem a construtora, nem a GDS divulgaram uma data para finalizar o projeto.


Fonte: Gizmodo

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Buscador usado por hackers causa pânico na internet

Shodan: ferramenta foi batizada em referência ao terrível computador do game System Shock

São Paulo – Uma ferramenta de busca que encontra dispositivos conectados à internet está causando pânico na web. E por “dispositivos” é possível incluir babás-eletrônicas, câmeras de segurança, estações de tratamento de água e até usinas nucleares.
Batizada de Shodan, em referência ao terrível computador do jogo System Shock, a ferramenta foi desenvolvida por John Matherly em 2009 e hoje tem um banco de dados de mais de 1,5 bilhão de dispositivos, segundo números da revista Forbes.

A ideia inicial do inventor, explicou a revista, era oferecê-la para grandes empresas como Cisco ou até a Microsoft, por exemplo, que a usariam para rastrear o planeta em busca de dispositivos da concorrência.
Mas ao invés de chamar a atenção das grandes corporações da tecnologia, a criação de Matherly se tornou um prato cheio para hackers mal-intencionados que têm se aproveitado de vulnerabilidades de tais dispositivos, e da falta de conhecimento de seus usuários, para invadir e tomar controle de câmeras de segurança, por exemplo, em lares, hospitais e até creches.

De acordo com a CNN, especialistas de segurança avaliaram a ferramenta e o que encontraram foi um cenário alarmante e assustador. Uma simples pesquisa realizada pela CNN retornou com os sistemas de controle de um parque aquático, crematórios e usinas nucleares.
A reportagem também procurou por “default password” e encontrou milhares de impressoras, servidores que usam “admin” como nome de usuário e tem como senha a famigerada sequência “1234”. Ou seja, estavam prontos para serem invadidos.
A Forbes lembra, contudo, que a tarefa de encontrar os dispositivos não é para qualquer um. É necessário saber dados específicos dos aparelhos e os resultados mostrados incluem protocolos de internet.

Ainda sim, aqueles que tiverem os conhecimentos necessários podem se aproveitar das “facilidades” oferecidas pela ferramenta, pelos dispositivos e por seus usuários, para fazer o que quiserem.
Como exemplo de estrago que é possível ser feito com a ferramenta nas mãos erradas, a revista cita o caso de um americano chamado Marc Gilbert.
Uma noite, Gilbert ouviu uma voz adulta e desconhecida saindo do quarto de sua filha de dois anos. Quando chegou, descobriu que a voz era de um hacker que havia invadido a babá-eletrônica.

Shodan

Segundo a Forbes, Shodan funciona em um modelo “fremium”. É possível acessá-la gratuitamente, mas a ferramenta retornará com apenas 10 resultados. Atualmente, cerca de 10 mil usuários pagam uma taxa de cerca de 20 dólares, mas que dá acesso a mais de 10 mil resultados por busca. Usuários corporativos, como firmas de segurança, por exemplo, tem acesso a toda a base de dados de Shodan.

Fonte: Info

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Rússia manda o recado: Ou os Estados Unidos divulgam a verdade sobre os Extraterrestres ou nós contaremos

Uma denúncia extraordinária do Ministério dos Assuntos Exteriores da agenda do Primeiro Ministro Medvedev no Fórum Econômico Mundial (WEF) dos estados esta semana, que a Rússia irá avisar ao Presidente Obama que a “hora está chegando” para que o mundo saiba a verdade sobre os aliens, e se os Estados Unidos não participarem no anúncio, o Kremlin o fará por si próprio.

O Fórum é melhor conhecido por seu encontro anual em Davos, um resort nas montanha de Graubünden, a leste da região dos Alpes na Suíça. O encontro reúne alguns dos 2,500 grandes líderes de negócios, líderes políticos internacionais, intelectuais escolhidos e jornalistas para discutir sobre as questões urgentes acerca do mundo, incluindo saúde e o ambiente.
Ele (Medvedev) foi questionado por um repórter se "o presidente detém arquivos secretos quando ele recebe a maleta necessária para ativar o arsenal nuclear da Rússia", Medvedev respondeu:

"Junto com a maleta sobre códigos nucleares, é dada pelo presidente do país uma pasta "top secret. Essa pasta, em seu conjunto, contém informações sobre os aliens que visitaram nosso planeta... Junto com isso, será dada uma denúncia do serviço especial absolutamente secreto de exercícios de controle acerca dos aliens no território do nosso país... Informações mais detalhadas sobre o tema você pode conseguir em um filme bem conhecido chamado MIB: Homens de Preto... eu não te contarei de que modo muitos deles estão entre nós porque causaria isso poderia causar pânico".

Fontes de notícias do Ocidente relatam a chocante resposta de Medvedev sobre aliens determinada de que ele estava "brincando" quando mencionou MIB, que foi suposto erradamente ter sido sobre o filme de comédia e aventura americano sobre dois agente secretos que combatem aliens nos Estados Unidos. Medvedev, contudo, não estava se referindo ao filme americano, mas estava, ao invés disso, se referindo ao famoso documentário russo Men In Black que detalha muitas anomalias de OVNIs e aliens.

Se alguém está "perdendo a cabeça" a respeito dos aliens, isto precisa ser apontado, certamente não é a Rússia, mas o Vaticano, que anunciou em Novembro de 2009 que estava se "preparando para uma revelação extraterrestre".

Igualmente, e aparentemente, "perdendo a cabeça" estão os próprios oficiais do governo dos Estados Unidos, assim como o consultor anterior do Pentágono Timothy Good, e o autor de Above Top Secret: The Worldwide U.F.O. Cover-Up, que em Fevereiro de 2012 expôs que o antigo Presidente Dwight Eisenhower teve três encontros secretos com aliens, os quais foram em aparência ‘Nórdica’, em que um ‘Pacto’ foi assinado para manter esta agenda da Terra secreta.
Com a recente descoberta na cidade de Vladivostok, na Rússia, de 300 milhões de anos, de um OVNI como uma roda dentada , e cientistas, astronautas e usuários do YouTube relatando cada vez mais estranhos acontecimentos na Lua, a agência Espacial Europeia relatando sua descoberta de um antigo rio de 1,000 anos em Marte, e cientistas do Reino Unido e do Sri Lanka dizendo que eles agora tem "uma rocha sólida como prova de vida alienígena" depois de encontrarem uma alga fossilizada dentro de um meteorito, os únicos que viram para estar verdadeiramente "perdendo a cabeça" estão no Ocidente, especialmente americanos, propagandistas que por décadas tem escondido uma das mais importantes histórias em toda a história humana, a de que "nós não estamos sozinhos."

Se Medvedev conseguirá convencer o regime de Obama a contar a verdade sobre OVNIs e aliens, na WEF essa semana, não é de nosso conhecimento. O que é de nosso conhecimento, entretanto, é que com ou sem os Estados Unidos, o Kremlin irá seguramente começar o processo sobre falar a respeito da verdade em torno do que já sabemos ser verdade.

O documentário está aqui, ele tem uma opção de legenda em português do youtube, que não é excelente mas da pra entender.


Fonte: Fórum Anti Nova Ordem Mundial

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reflexo de arranha-céu derrete partes de carro em Londres

São Paulo – A luz refletida pelos vidros de um arranha-céu foi responsável por derreter partes de um Jaguar XJ estacionado nas proximidades. Ou pelo menos é isso que afirmou o dono, Martin Lindsay, em depoimento dado ao site inglês City A.M.
O carro fora parado pelo empresário em uma rua próxima ao prédio perto da uma da tarde, e lá ficou por cerca de uma hora. Ao chegar ao local, a reportagem do site notou um cheiro de plástico queimado e o reflexo das janelas da construção na lataria. Uma foto divulgada pela BBC mostra o estrago no veículo.
Imagem da torre que derreteu um carro com seu reflexo

Por mais curioso que pareça, o caso não foi o primeiro relatado ao site. Um engenheiro contou ao City A.M. o caso de sua van, que teve toda a parte esquerda do painel derretida. O reflexo das paredes também tem incomodado os passantes, e é mais forte no período da tarde, segundo o site London Evening Standard.
Projetado pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoly e apelidado de Walkie-Talkie, o arranha-céu tem as paredes levemente curvadas. Os quatro lados são cobertos de vidro, e um deles tem a parede espelhada côncava, como a parte interna de uma colher. Isso faz com que os raios refletidos “foquem” em um ponto, criando um efeito que lembra o de uma lente de aumento.
Partes do Jaguar estacionado perto do arranha-céu ficaram derretidas
O grande problema aí é que esse lado do prédio ainda é inclinado para a rua, o que faz com que o ponto teoricamente mais quente seja bem onde passam os carros e as pessoas. Não se sabe ainda se o calor gerado pelo reflexo do prédio é realmente capaz de derreter partes de um carro, mas isso não impediu as autoridades londrinas de iniciarem uma investigação.

Diversos pontos de estacionamento “aquecidos” pelo Walkie-Talkie (que agora virou Walkie-Scorchie, ou "Walkie-derretedor") já foram interditados por oficiais locais. Já o empresário Lindsay não ficou de mãos abanando, e os responsáveis pelo prédio concordaram em pagar os custos do reparo do Jaguar.

Fonte: Info