O
que sustenta nossa sociedade senão o espírito da avareza? Onde você
ouve alguém fazer apologia da pobreza e da vida simples? Praticamente em
lugar nenhum, eu particularmente sou pesquisador, autodidata, amante da
leitura, e durante todos esses anos li um artigo,um único artigo, de
autoria de cristão menonita, incentivando a pobreza e a vida simples,
sem o glamour, a luxuria e esse consumismo exagerado próprio da nossa
sociedade ocidental. O mundo jamais vai aceitar um ensino que comprometa
sua visão materialista e consumista. O cidadão secular jamais poderia
aceitar como equilibrada e sábia uma mensagem que contenha como
essência, a suposição de que uma vida simples somada a um contentamento
com poucas aquisições, como um estilo de vida alegre e sadio. Acontece
que essa mentalidade soa loucura também para a maioria dos cristãos
modernos, e quase sempre e em todo lugar, a prosperidade, o consumo, o
status, o glamour, o e a mercantilização religiosa tem sido também o fardo que o protestantismo vem desenvolvendo e carregando.
Acontece que a simplicidade choca-se com as parafernálias tecnológicas dos últimos tempos, um estilo de vida simples, em um
mundo que foi doutrinado na mais bestial lavagem cerebral de que
precisamos galgar o elitismo materialista para que o sentido da vida
possa ser encontrado. A sociedade cristã não fugiu dessa correnteza
espúria e poluída, pelo contrario se tornou vigorosamente defensora
dessa visão distorcida da vida. Quando o diabo tentou JESUS CRISTO, como
vimos no evangelho de Mateus 4, ele ofereceu tudo o que qualquer homem
ocidental sonha ter. Mostrou os reinos desse mundo e toda a sua glória, e
ofereceu a JESUS CRISTO, em troca da adoração. O bilhete premiado do
Diabo, era dar um sistema colorido, de proporções monetárias e
consumistas que vão além dos excessos que conhecemos hoje. “Tudo isso te
darei se prostrado me adorares” disse o diabo.
A
maioria das igrejas ditas cristãs, não resistiram a essa tentação. E o
diabo está feliz com isso. Hoje vimos esse consumismo materialista
desenfreado, ao ponto de ser fazer do cristianismo um dos mais
lucrativos empreendimentos que se tem noticia. Impérios excessivos são
erguidos as custas do nome de JESUS CRISTO, Megatemplos são erguidos no
mais rigoroso conforto somados aos milhares de sermões adocicados pelo
veneno do falso evangelho que não chama o pecado de pecado e nem pecador de pecador, e não mais se afirma que o inferno existe e os pecadores, a maioria na visão de JESUS, vão para lá.
Ao invés de ser a mensagem de resgate, o evangelho da maioria se tornou a mensagem do engano, da distorção
e da fraude religiosa. A grige religiosa evangélica se tornou na
galinha de ovos de ouro, dos espertalhões do templo, que estão vendendo
sua mercadoria falsa, um evangelho pirateado, de péssima categoria.
Aos olhos de uma sociedade capitalista e extremamente narcisista, os menonitas conservadores a essas alturas estão sendo vistos como verdadeiros ETS religiosos as
margens desse carnavalesco grupo de evangélicos que professam a CRISTO
com a boca e adoram a Mamom com o coração, qualquer um que não faça do cristianismo uma maquina caça níquel, é fanático antiquado e bitolado, tolo, atrasado, e sei lá o que mais.
Aliado
a tudo isso, vem o monstro com pezinho de algodão chamado
entretenimento. Basta sugar dinheiro ao som do circo show religioso que
todo mundo fica contente, o espetáculo ilude as pessoas, A invenção
mórbida de tantos aparatos religiosos e tantos esquemas litúrgicos é
feita justamente para dar o nó nos neurônios dos incautos e nas vitimas
que procuram um cristianismo barato, que dispense completamente as
palavras de JESUS em Lucas 14: 26 a 35.
Estou
escrevendo tudo isso, sem me importar o que as pessoas pensam de mim,
sou cristão, sou evangélico, e as vezes fico irritado com o modo como
sou tratado, porque há quem interprete o movimento evangélico de maneira
genérica, como se todos fossem iguais, o que é uma mentira descabada,
maldita e infernal. Não, mil vezes não! Pertenço a um grupo evangélico
que não é rico e nem seus lideres nenhum deles construiu riquezas as
custas do nome de JESUS, e nem fizemos comercio religioso, pregamos a
salvação em Cristo e ajudamos as pessoas, praticamos a comunhão mutua, e além disso conheço outros que também que são assim.
Tozer já tinha percebido o declínio evangélico muitas décadas atrás quando escreveu: “ Por
séculos a igreja se manteve solidária contra toda forma de
entretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que era – um meio para
desperdiçar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da
consciência, um esquema para desviar a atenção da responsabilidade
moral. Por isso ela própria sofreu rotundos abusos dos filhos deste
mundo. Mas ultimamente ela se cansou dos abusos e parou de lutar. Parece
Ter decidido que, se ela não consegue vencer o grande deus
entretenimento, pode muito bem juntar suas forças às dele e fazer o uso
que puder dos poderes dele. Assim, hoje temos o espantoso espetáculo de
milhões de dólares derramado sobre o trabalho profano de providenciar
entretenimento terreno para os filhos do Céu, assim chamados. Em muitos
lugares, o entretenimento religioso está eliminando rapidamente as
coisas sérias de Deus. Muitas igrejas nestes dias têm-se transformado em
pouco mais do que pobres teatros onde “produtores” de quinta classe
mascateiam as suas mercadorias falsificadas com total aprovação de
líderes evangélicos conservadores que podem até citar um texto sagrado
em defesa de sua delinqüência. E raramente alguém ousa levantar a voz
contra isso.” (1)
Nessa
confusão babilônica em que chegamos, rogo ao SENHOR para que abra os
olhos de cada leitor, para identificar o grupo em que está associado e
se desligar completamente das denominações mercantilistas e se associar
com um grupo conservador no sentido mais nato da palavra.Fonte: Apologia
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