quinta-feira, 11 de maio de 2017

O Monte da Grande Serpente

Na matéria de hoje falaremos um pouco a respeito de um dos pontos mais misteriosos da América do Norte: o chamado Monte da Grande Serpente, localizado no estado de Ohio e que atrai a atenção de antropólogos, historiadores, arqueólogos, ufólogos e muitos turistas todos os anos.

Em diversas regiões do mundo grupos humanos construíram monumentos e prédios na antiguidades que até os dias de hoje deixam as pessoas intrigadas e espantadas, seja pela engenhosidade, pelos mistérios que tais obras representam ou mesmo pelas teorias mirabolantes a respeito dos mesmos. O monte da grande Serpente é um desses monumentos enigmáticos e belíssimos.

Dimensões do estranho monte

O Monte da Grande Serpente tem cerca de 420 metros de comprimento e meio metro de altura, sendo uma efígie pré-histórica no condado de Adams, no estado norte-americano de Ohio. Curiosamente, o Monte da Grande Serpente é a maior efígie de cobra do mundo. A cabeça da serpente tem cerca de 35 metros, de uma ponta a outra do círculo.


O primeiro estudo relacionado ao Monte da Grande Serpente ocorreu em 1848 pelas mãos dos cientistas Ephraim Squire e Edwin Davis, sob encomenda de alguns estudiosos de Nova York. A datação do desenho, a construção original e a identidade dos construtores são três questões que ainda não foram solucionadas pelos estudiosos do monte, o que ainda promove intenso debate e pesquisas controversas e contraditórias com provas variadas.


Ao longo das primeiras décadas do século 20, o número de estudiosos escavando o Monte da Grande Serpente era tão grande que o governo do estado de Ohio teve que criar uma zona de preservação do monte. Agora para estudá-lo é preciso uma autorização especial de um comitê, a fim de preservar não somente o monte, mas também outras construções dos primeiros nativos da América.

Possíveis construtores e controvérsias

Ao longo das décadas de pesquisas intensas, os antropólogos chegaram a um consenso que o Monte da Grande Serpente pode ter sido construído por um dos três povos que, em momentos diferentes da história, viveu naquela região: os Adena, os Hopewell, ou os Fort Ancient.

De acordo com estudos recentes feitos a partir de datações de carbono 14, o monte pode ter sido construído entre os anos de 900 e 1200 d.C. Nesse período, quem vivia na região era o povo Adena, mas outros estudiosos dizem que esta datação tem controvérsias porque o monte foi feito ao longo do tempo, com materiais variados, com datações variadas.

Para quem acredita na possibilidade de construção a partir do povo Adena, o Monte da Grande Serpente teria sido obra para reverenciar os seus mortos, uma vez que há vários montículos com inúmeros corpos em territórios antigos desse povo. Seria, assim, um ritual fúnebre o monte.


Já outros estudiosos dizem que as datações mais corretas colocariam a autoria do monte ao povo Fort Ancient. Esse povo é anterior ao Adena, e teria vivido nos vales de Ohio por volta do século 5 depois de Cristo. Eles adoravam os rios como maiores deuses, e daí poderia vir a explicação de terem feito uma grande serpente na terra, representando o desenho, também, de um caudaloso rio.

Um relato folclórico dos índios Adena fala de uma enorme serpente com aparência sobrenatural e grandes poderes. A existência desta lenda explicaria a importância do monumento por si só. De acordo com o folclore, esta serpente seria aquela que faz a passagem dos espíritos da terra para o mundo dos mortos e depois os traz de volta para reencarnarem no nascimento.

É importante citarmos que muitos arqueólogos acreditam que o Monte da Grande Serpente tenha sido destruído pelo menos quatro vezes durante guerras entre tribos e clãs, por isso há datações diferentes no monumento como um todo.

Estranhas relações

O monte é um dos lugares mais visitados por ufólogos e crentes da teoria dos deuses astronautas nos Estados Unidos, isso por causa de algumas relações entre o monte e conhecimentos astronômicos dos povos que o construíram. Muitos teóricos da conspiração afirmam que tais conhecimentos poderiam ter sido transmitidos a esses povos por seres alienígenas.

Deixando essas teorias de lado, é fácil de afirmar que o monte da serpente é um dos locais mais belos e enigmáticos construídos pelos povos antigos dos EUA, e ainda é cercado de relações estranhas ainda não explicadas totalmente, o que inspira muitos conspiracionistas.

Alguns antropólogos creem que ela não seja somente uma cabeça de serpente, mas também seja símbolo do Sol, ou da Lua, ou de um ovo – representando o começo das coisas e da vida.

Curiosamente, há efígies de serpentes menores, porém extremamente iguais ao Monte da Grande Serpente em Ontário, no Canadá, e nos territórios do norte da Escócia, o que implica mais ainda em um possível mistério para o caso.

Ao redor do Monte da Grande Serpente encontram-se vários outros montes que são sepulturas de antigos povos indígenas da região. Por isso os especialistas creem que o monte seja uma espécie de ligação mística entre a terra e o mundo dos mortos das culturas indígenas antigas.

De acordo com os estudos de alguns especialistas, a serpente do monte tem significados astronômicos: a cabeça do animal está alinhada com o lugar onde o sol nasce no dia do solstício de verão. Já as curvas do corpo da cobra gigante estão correspondendo ao nascer da lua em determinadas datas do ano.


Segundo outros estudos mais recentes, o eixo formado entre a cabeça e o rabo do Monte da Grande Serpente faz com que os construtores do monumento tivessem avançados conhecimentos astronômicos, pois as curvas e o corpo estão dispostos em importantes eixos das estações do ano, do nascimento do sol e da lua.

Outro ponto astronômico interessante é que o monte foi construído mostrando onde, no céu, fica disposto o Cometa Halley a cada ciclo de aparição na Terra, a cada 76 anos.

Segundo alguns geólogos, o Monte da Grande Serpente teria sido construído sobre um local destruído há muitos séculos pela queda de um meteoro. De acordo com algumas mitologias de índios norte-americanos, meteoros seriam ovos de civilizações extraterrestres, o que reforça as teorias dos deuses astronautas analisando o monte.


De acordo com alguns antropólogos que estudaram culturas atuais de indígenas nos Estados Unidos, remanescentes das pequenas comunidades após o extermínio do século 19, dizem que o monte teria sido construído em homenagem, ainda, à constelação de Ursa Maior.

Fonte: Fato e Farsas

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