sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Livro: A Terra Oca, de Raymond Bernard

A Terra Oca, diz que a verdadeira base dos discos voadores se encontra num imenso mundo subterrâneo, cuja entrada é uma abertura no Pólo Norte, O livro propõe-se a sustentar que, contrariamente ao que se sustenta, a terra é oca e não uma esfera sólida: sua cavidade interna se comunica com a superfície por duas aberturas polares, uma das quais é a que o contra-almirante Byrd descobriu. Descoberta que passa a ser mais importante que a de Colombo. Por que se manteve segredo desde então? Quem vai iniciar a conquista sob nossos pés, ingressando pela Antártica?

A teoria da Terra oca afirma que a Terra não é um esferóide sólido, mas sim oca com aberturas no pólos. No seu interior viveria uma civilização tecnologicamente avançada, cujos integrantes às vezes vêm para a superfície em OVNIs. Existem variantes desta teoria, inclusive uma em que nós vivemos no interior da Terra oca. Esta última é a teoria da Terra invertida, que se confunde com as diferentes versões da teoria da Terra oca.

Sobre o autor:

Raymond Bernard foi um escritor e rosacruz francês, pai de Christian Bernard, atual Imperator da AMORC.
Nascido em 19 de maio de 1923, em Bourg d'Oisans, Isère, na França, Raymond Bernard formou-se em direito, na Universidade de Grenoble, e dedicou-se aos negócios de sua família. Nos anos seguintes realiza contatos com importantes ramos da tradição cavaleiresca e templária. Em 1956, é levado a deixar os negócios da família para dedicar-se à reorganização da Antiga e Mística Ordem Rosacruz - AMORC, da qual era membro desde muito jovem. Ocupou funções de Grande Mestre, Legado Supremo e membro do Conselho Supremo da Ordem. Restabelece os trabalhos da Tradicional Ordem Martinista, onde assume as mesmas funções para as quais fora investido na Ordem Rosacruz. Participa também dos trabalhos maçônicos da Grande Loja de França.
Em 1988, aposentado e liberado de suas obrigações à frente da AMORC, sem romper seus laços com a mesma, funda o CIRCES — então Círculo Internacional de Pesquisas Culturais e Espirituais — cujo objetivo é, desde o início , essencialmente humanitário e caritativo . Paralelamente a este movimento, ele restitui força e vigor a uma tradição templária secreta que não havia sido jamais interrompida ao longo dos tempos — ainda que sem atividades públicas desde o início do século XX — estabelecendo assim a OSTI (Ordem Soberana do Templo Iniciático). Posteriormente, a OSTI absorve o CIRCES, que passa a ser o seu ramo caritativo e humanitário. Eleito Grão-Mestre , em 25 de setembro de 1988, no Palácio dos Papas, em Avignon, permanece à frente da Ordem até 1997, quando retirou-se para um merecido descanso , ao lado de sua esposa Yvonne, dedicada companheira de tantos anos e parceira de toda uma vida nas atividades tradicionais que Raymond Bernard animou. Tendo cumprido a missão que havia recebido há mais de 40 anos, Bernard, no entanto, permaneceu atento, acompanhando de perto o trabalho de Yves Jayet — eleito pelo Capítulo Geral da OSTI, e com o apoio do próprio Bernard, Grão-Mestre da Ordem. Um velador silencioso, retirado, mas ainda e sempre em atividade, dedicando seus dias aos estudos e à meditação , em harmonia com seus amigos , seus leitores e com os cavaleiros de todo o mundo .
Escritor profícuo e inspirado, Raymond Bernard é o autor de vários livros, hoje clássicos, dedicados às tradições sapienciais e ao esoterismo tradicional.
No dia 10 de janeiro de 2006 ele deixava o seu corpo físico, partindo Em Luz, encerrando assim a parte encarnada de toda uma obra dedicada às circunstâncias da iniciação.


Fragmentos do pensamento de Raymond Bernard.

o    Propor sem jamais impor é uma regra à qual continuo e continuarei submetido para sempre.

o    O casamento é um contrato social – um acordo humano que se faz apenas no nível humano – entre dois seres.

o    No casamento, cada um dos cônjuges aceita partilhar do carma do outro...


o    Atribuir a uma Lei Cósmica aquilo de que se é imediatamente responsável é uma demonstração de fraqueza e de inconseqüência.

o    Os Mestres Cósmicos são seres que, depois de terem atravessado nosso vale de lágrimas, depois de terem conhecido o abismo das provações, depois de terem passado pela dor do manifesto, chegaram a dominar “consciente” e “cientemente” os numerosos obstáculos da existência humana. Eles são infinitamente superiores ao mais evoluído dos humanos, mas, em relação à fase seguinte, “são neófitos”.

o    Nenhum místico, até mesmo o mais isolado, pode sentir-se sozinho, “porque ele nunca está”.

o    Uma vez Iniciado, se é para sempre, pois no Colégio Cósmico não há regressão.

o    O Mestre Kut Hu Mi – que esteve na Terra numa época cunhecido pelo nome de Tutmés III do Egito – tem sobre si a total responsabilidade sobre a AMORC. Tudo que refere à Ordem Rosacruz está, em última instância, sob o controle de Kut Hu Mi.

o    Nenhum Mestre verdadeiro se considera como tal, pois, quanto mais avança, mais tem consciência do caminho que ainda deve ser percorrido.

o    O “carma” tem sua origem na Humanidade e nela encontra o seu resultado. A guerra é uma manifestação do “carma” coletivo.

o    No dia em que o indivíduo, assim como a Humanidade, se conformarem com as leis universais, todos os problemas serão resolvidos e a história deste Planeta se concluirá.

o    A Humanidade não está nem só nem abandonada.
 
o    Nós vivemos “no meio” de planos múltiplos tão reais quanto o nosso, e esses planos não podem ser percebidos pelo homem, salvo por raros Iniciados, ou então “por acaso”, se se quiser por essa expressão dizer que as condições necessárias são preenchidas sem o conhecimento da consciência objetiva por aquele que, de repente, passa pela experiência de um “outro mundo”.

o    Para compreender determinados assuntos, não basta ler, é preciso “participar”...

o    A verdade é de todos e todos podem ter acesso a ela dentro do limite de sua compreensão; de forma que a verdade de cada um é válida e não há erro, consistindo o erro somente no julgamento ou avaliação dos outros. É por isso que uma revelação nova da verdade não deve ser reservada àqueles que se supõe poderem compreendê-la, uma vez que todos a assimilarão na sua medida.

o    Os Rosacruzes têm a sua disposição os Arquivos Acásicos.

o    Em qualquer lugar, basta permanecer você próprio, instruir-se, partilhar, servir...

o    Tudo foi, é e será eternamente em Deus. O homem está eternamente em Seu seio.

o    O Rosacruz nunca está só. Onde quer que esteja, alguém vela por ele...
 o    Quem age como se soubesse tudo, mesmo que assegure o contrário, não está pronto para uma Luz Maior.

o    Paz na terra aos homens de boa vontade. Hosana! Hosana! Hosana!
 
o    Dizer que alguém “tem poderes” é um erro fundamental. É preferível constatar que a pessoa atingiu certo grau de evolução, o que implica maior utilização das faculdades latentes em qualquer ser humano, se bem que o verdadeiro místico evoluído não dará atenção particular às faculdades que despertou. Isto, para ele, é um mero incidente em sua progressão na senda, e, caso delas se sirva, como é seu dever e seu direito, o fará discretamente, sem jamais concordar em fazer demonstrações para satisfazer a curiosidade de quem quer que seja.

o    Existe constância no Universo. Nada se perde, nada se cria. Construção e destruição se equilibram.

o    Na realidade, dever-se-ia considerar que existe somente uma magia, cujos efeitos podem ser “brancos” ou “negros”, de acordo a personalidade ou a intenção do indivíduo, o que sigifica, naturalmente, que existem magos brancos e magos negros para uma só magia.

o    A Era de Aquário começou e o Mundo assiste ao fim das religiões. O tempo do dogmatismo e da fé cega acabou.

o    Nostradamus, contrariamente ao que se pensa, não é o nome de um homem, mas de um conjunto de trabalhos feitos por uma Assembléia de elevados Iniciados.

o    De acordo com a Lei da Evolução, jamais haverá retorno ao “reino” precedente. A metempsicose é uma doutrina falsa.

o    A vida não existe somente na Terra. Ela existe em outros sistemas planetários. Onde quer que venha a se verificar a encarnação da personalidade anímica, esta tem como único objetivo sua evolução. A reencarnação da alma-personalidade, do ponto de vista “meio planetário”, só se verifica em um meio igual ou superior àquele que precedentemente era o seu, sob a forma humana.

o    Cada sistema planetário, no infinito Universo, comporta um passado, um presente e um futuro.

o    A Lei da Compensação, ou carma, é universal e aplica-se a todos os graus do Universo, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, tomando os mais diversos “aspectos”. Do ponto de vista cármico, cada ato, cada pensamento, cada palavra e cada omissão têm conseqüências positiva ou negativa, conforme o caso.

o    A Lei da Compensação não pune nem recompensa. Ela age de maneira impessoal e é o próprio homem que a põe em ação, criando condições positivas ou negativas das quais retirará a lição útil à sua evolução, à sua tomada de consciência. A responsabilidade por uma situação repousa, portanto, antes de mais nada, no próprio homem.

o    Deus não pode ser definido intelectualmente, e nossa aproximação, no que Lhe concerne, só é possível sob um ponto de vista totalmente “negativo”. Seria possível determinar o que Ele não é, mas é impossível determinar o que Ele é... Deus é, por excelência, o desconhecido.
  o    Os Mestres Cósmicos cumprem, na ordem universal, uma missão definida. Eles são “realizados” que, após terem transposto todas as etapas da evolução, alcançaram a meta e optaram por ajudar os que ainda caminham na floresta de erros.

o    Existem, de fato, na comunhão com o Sanctum Celestial, muitos “níveis” que são função da meta almejada na procura do contato.

o    A sabedoria é “divina”. Como Deus e o Cósmico ela é “eterna”. Não teve começo e não terá fim. Permanecerá, para sempre, semelhante a si própria.

o    A “Tradição Primordial é a sabedoria tornada acessível à compreensão”.

o    No Universo existem mundos mais evoluídos do que a Terra e outros que são menos.

o    O Sábio: Melquisedeque; o Continente: Atlântida; perpetuação da tradição: Ordem de Melquisedeque.

o    Teu conhecimento será tua salvaguarda.

o    O Místico não procura o fenômeno. Sua meta é a evolução, um incessante despertar interior.

o    Cuidado! Não se fiem nas interpretações dos outros! Não peçam conselho para o que é próprio de sua vida mística! Sejam discretos quanto às suas experiências! Sejam silenciosos! O verdadeiro sábio cala e nunca fala de suas realizações espirituais. O Misticismo autêntico implica em prudência... O silêncio é a garantia de uma tramitação assegurada na senda do conhecimento. Devemos compartilhar o que recebemos, mas em “segredo”.

o    Esqueçam de pedir; aprendam a dar graças. Saibam agradecer, não com palavras, e sim com todo o seu ser.

o    “Por que estamos aqui embaixo?” perguntam-se os homens. A resposta é simples: — para servir, e não para servir-se. A origem e o fim de todas as coisas e de todas as criaturas estão compreendidos nesta única palavra — SERVIR.

o    É preciso saber utilizar os conhecimentos fornecidos pelos sonhos, nõa se pode ser escravo deles.

o    Alguém de quem se diz que tem “unicamente” "os pés na terra" – o materialista absoluto – é tão desequilibrado quanto o que vive “exclusivamente” "nas nuvens".

o    A morte nada mais é do que um fenômeno de “transferência de consciência.

o    Fantasmas e almas do outro mundo são criações mentais. Os seres desencarnados existem, assim como existem seres que nunca conheceram a encarnação. Eles vivem em outros ritmos, em outros Planos, e entre eles alguns ignoram que possam existir criações diferentes deles próprios e de seu meio.

o    Estou convencido da pluralidade dos mundos habitados, sendo alguns mais adiantados do que o nosso, vários de um nível de desenvolvimento equivalente e outros de nível de adiantamento material e espiritual considerável, que seríamos incapazes de imaginar no estado atual de nossos conhecimentos. Os mundos mais desenvolvidos conhecem nossa existência e a de outros planetas habitados.
o    Nada ocorre a um país, ou a um mundo, que este não tenha merecido. O carma não é um castigo. É o “motor da evolução”.

o    O suicídio é proibido. Ele constitui o maior erro que o homem possa cometer.

Alguns trechos do livro:

Capítulo VII: A origem subterrânea dos discos voadores

...A concepção de uma Terra oca, apresentada neste livro, oferece a teoria mais razoável da origem dos discos voadores e é muito mais lógica do que a crença na sua origem interplanetária. Por esta razão, especialistas destacados em discos voadores, como Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, e Gray Barber, um escritor bem conhecido sobre discos voadores, têm aceito a teoria da sua origem subterrânea e não de que vêm de outros planetas. A teoria de que os discos voadores vêm do interior da Terra e não de outros planetas se originou no Brasil e somente mais tarde foi adotada pelos especialistas americanos em discos voadores.
Em 1957, quando folheava livros numa livraria de São Paulo, no Brasil, o autor encontrou um livro que chamou sua atenção, intitulado From the Subterranean World to the Sky: Flying Saucers, por O. C. Huguenin. A tese do livro era que os discos voadores não eram naves espaciais de outros planetas mas sim de origem terrestre e vinham de uma raça subterrânea, habitando dentro da Terra. A princípio o autor não podia aceitar esta estranha e singular teoria relativa à origem dos discos voadores, que parecia improvável e impossível, uma vez que necessitava da existência de uma cavidade de proporções enormes dentro da Terra, na qual eles pudessem voar, em vista de suas velocidades tremendas. Na realidade, esta cavidade teria de ser tão grande que faria da Terra uma esfera oca.
Nesta ocasião o autor ainda não tinha dado com os notáveis livros de dois cientistas americanos, William Reed e Marshall B. Gardner, provando, na base de evidências dos exploradores árticos, que a Terra é oca com aberturas nos Pólos, com um diâmetro de 10.300 quilômetros no seu interior oco, grande o bastante para o vôo de discos voadores .
A teoria de Huguenin, da origem subterrânea dos discos voadores, entretanto, não era original. A idéia foi apresentada pela primeira vez pelo Professor Henrique José de Souza, Presidente da Sociedade Teosófica Brasileira, que tem sua sede em São Lourenço, no Estado de Minas Gerais, onde há um templo imenso, no estilo grego, dedicado a Agharta, o nome budista do mundo subterrâneo.
Entre os alunos do Professor em São Lourenço estavam o Sr. Huguenin e o Comandante Paulo Jus-tino Strauss, oficial da Marinha Brasileira e membro da Diretoria da Sociedade Teosófica Brasileira. Dele souberam a respeito do Mundo Subterrâneo e também da idéia de que os discos voadores vêm do interior da Terra. Foi por esta razão que o Sr. Huguenin dedicou seu livro ao Professor Souza e à sua esposa, D. Helena Jefferson de Souza.
Enquanto Huguenin incorporou a idéia da origem subterrânea dos discos voadores num livro, o Comandante Strauss a apresentou numa série de palestras que proferiu no Rio de Janeiro e nas quais afirmava que os discos voadores são de origem terrestre mas não vêm de qualquer nação conhecida na superfície da Terra. Eles se originam, acredita ele, do Mundo Subterrâneo, o Mundo de Agharta, cuja capital é conhecida como Shamballah.
No seu livro, Huguenin apresenta a teoria de Strauss de uma origem subterrânea dos discos voadores, em oposição à teoria de que eles vêm de outros planetas, da seguinte maneira:
"A hipótese da origem extraterrestre dos discos voadores não parece aceitável. Uma outra possibilidade é a de que sejam aeronaves militares pertencentes a alguma das nações da Terra. Esta hipótese, entretanto, é contrariada pelos argumentos seguintes:
1. Se os Estados Unidos e a Rússia possuíssem discos voadores, eles não deixariam de anunciar este fato dado o seu valor como arma psicológica e as vantagens decorrentes no campo diplomático. Também, fabricariam e usariam estes veículos para finalidades militares, uma vez que são tão rápidos e poderosos que deixariam o inimigo quase que sem meio de defesa.
2. Os Estados Unidos e a Rússia não continuariam a gastar grandes importâncias na fabricação de aviões convencionais se possuíssem o segredos dos discos voadores." Depois de apresentar os argumentos de que os discos voadores não vêm de qualquer nação existente e seu ponto de vista de que não são de origem interplanetária, Huguenin cita Strauss para assegurar que eles vêm do Mundo Subterrâneo. A este respeito ele escreve:
"Finalmente devemos considerar a teoria mais recente e interessante que tem sido apresentada para explicar a origem dos discos voadores: a da existência de um grande Mundo Subterrâneo, com inumeráveis cidades nas quais vivem milhões de habitantes. Esta outra humanidade deve ter alcançado um grau muito elevado de civilização, organização social e econômica, desenvolvimento cultural e espiritual, juntos com um extraordinário progresso científico, em comparação com o qual a humanidade que vive na superfície da Terra pode ser considerada como uma raça de bárbaros.
A idéia da existência de um Mundo Subterrâneo chocará muitas pessoas. A outros soará absurda e impossível, pois 'certamente', dirão eles, 'se existisse teria sido descoberto há muito tempo'. E existirão muitos outros céticos que chamarão a atenção para o fato de que seria impossível a existência de um tal mundo habitado dentro da Terra por causa da crença de que, quando se desce, a temperatura aumenta, na base de cuja teoria supõe-se que, uma vez que a temperatura se eleva à proporção que vai mais para baixo, o centro da Terra é uma massa ígnea. Entretanto este aumento de temperatura não quer dizer que o centro da Terra é ígneo pois ele pode se verificar somente por uma distância limitada, como no caso dos vulcões e das fontes termais (quentes), que se elevam de camadas subterrâneas localizadas em certos níveis (abaixo dos quais a temperatura diminui à proporção que se desce). De acordo com a hipótese, o calor aumenta quando se desce através da crosta da Terra apenas numa distância de cerca de oitenta quilômetros (na camada superficial da Terra).

De acordo com as informações fornecidas pelo Comandante Paulo Justino Strauss, o Mundo Subterrâneo não é restrito a cavernas mas é mais ou menos extenso e localizado num oco centro da Terra, grande bastante para ter cidades e campos, onde vivem seres humanos e animais, cuja estrutura física se assemelha à dos da superfície. Entre os seus habitantes estão certas pessoas que foram da superfície e que, como o Coronel Fawcett e seu filho Jack, desceram para nunca mais voltar." (Huguenin nesta altura se refere aos pontos de vista do Professor Souza e do Comandante Strauss sobre o assunto controvertido do desaparecimento misterioso do Coronel Fawcett, asseverando que ele e o seu filho Jack estão ainda vivos numa cidade subterrânea a qual chegaram por um túnel existente nas Montanhas do Roncador, no nordeste de Mato Grosso, e que não foram mortos pelos índios como geralmente suposto. A esposa de Fawcett, que alega manter contato telepático com ele, está certa de que ainda vive, tanto assim que enviou uma expedição a Mato Grosso, chefiada pelo seu outro filho, para achá-lo, o que foi em vão por que ele já não se encontra na superfície da Terra e sim no Mundo Subterrâneo.) Huguenin depois pergunta como estas cidades maravilhosas subterrâneas e esta avançada civilização no interior da Terra se estabeleceram. Sua resposta é que os construtores e a maioria dos habitantes deste Mundo Subterrâneo são de uma raça antediluviana, que veio dos continentes pré-históricos submersos da Lemúria e Atlântida e que ali encontrou refúgio da inundação que destruiu sua pátria (Lemúria se afundou no Oceano Pacífico há 2.500 anos, enquanto Atlântida foi submersa por uma série de inundações, a última das quais ocorreu há 11.500 anos, de acordo com Platão, que se baseou em registros egípcios antigos. O Egito era uma colônia da Atlântida a leste, da mesma maneira que os impérios Asteca, Maia e Inca o eram a oeste.) Huguenin assevera que os atlantes, que eram bem mais avançados do que nós em desenvolvimentos científicos, voavam em aeronaves que utilizavam uma forma de energia obtida diretamente da atmosfera, e que eram conhecidas como vimanas, que são idênticas às que conhecemos como discos voadores. Antes da
catástrofe que destruiu a Atlântida, os seus habitantes acharam refúgio no Mundo Subterrâneo, no interior oco da Terra, para onde foram nos seus vimanas ou discos voadores, chegando até lá através das aberturas polares. Desde então os seus discos voadores permaneceram na atmosfera do interior da Terra e eram usados como meio de transporte de um lugar no interior do mundo côncavo para outro, pois neste mundo, dentro da crosta da Terra, uma linha aérea reta é a distância mais curta entre dois pontos quaisquer, não importando quão distante um do outro. Foi somente depois da explosão atômica em Hiroshima que estas aeronaves atlantes vieram à superfície, pela primeira vez, e foram conhecidas como discos voadores. Como foi chamada a atenção previamente, vieram em autodefesa, para se prevenir contra a poluição radioativa do ar que recebem do lado de fora.
Huguenin está convencido de que os discos voadores não são naves espaciais de outros planetas, mas aeronaves atlantes. Parece que, através da história, especialmente nos tempos antigos, estas aeroonaves vieram à superfície ocasionalmente e alguns personagens históricos voaram nelas. Assim, no épico indu Ramaiana há uma descrição de um "Carro Celestial de Rama", o grande professor da índia Védica, conhecido como vimana, um veículo aéreo controlado. Ele era capaz de voar grandes distâncias. O recorde aéreo de Rama foi um salto do Ceilão ao Monte Kailas, no Tibete. No Mahabharata lê-se dos inimigos de Chrishna terem construído uma carruagem aérea, com lados de ferro e provida de asas. O Smranagana Sutrahara diz que por meio de naves do céu os seres humanos podem voar no ar e que "seres celestes" viriam à Terra.

...Fitch assevera, como o faz Palmer, que os "astronautas" que chegam a nós em discos voadores e que se fazem passar por visitantes de outros planetas são, realmente, membros de uma civilização avançada do interior da Terra, que têm razões importantes para conservar secreto o seu verdadeiro lugar de origem, motivo pelo qual reforçam a impressão falsa de que vêm de outros planetas. Sobre isto Fitch diz o seguinte:
"Dizem que vêm de outros planetas mas duvidamos disto." Considera isto uma mentira inocente, a fim de evitar que governos militaristas fiquem sabendo que no outro lado da crosta terrestre existe uma civilização avançada, cujas conquistas científicas suplantam de longe as nossas e a qual pode ser alcançada pelas aberturas polares. Desta maneira eles se protegem de aborrecimentos ou de uma guerra possível entre as raças subterrâneas e da superfície . Fitch concorda com Palmer que os discos voadores não são "naves espaciais", como Adamski assevera, nem que seus pilotos são "homens do espaço". São antes veículos para viagens atmosféricas, que vêm do interior oco da Terra, no qual eles voam ligando cada ponto do mundo subterrâneo côncavo com os outros.

Quanto aos "pequenos homens morenos" vistos nos discos voadores, Fitch acredita que pertençam à mesma raça subterrânea da qual descendem os esquimós. Fitch concorda com Williarn Reed e com Marshall B. Gardner de que os ancestrais dos esquimós vieram do interior oco da Terra, através da abertura polar. Descrevendo estes pequenos homens morenos, que são os pilotos dos discos voadores, evidentemente servindo a uma raça superior (atlantes) que os construiu e os enviou até nós, Fitch diz:
"Embora menores do que nós, são mais fortes. Seu aperto de mão é como o de um torno. Um deles pode rapidamente dominar um homem forte. Seus corpos são muito bem proporcionados. Tanto os homens quanto as mulheres se vestem elegantemente. Embora não sejam lindos, são agradáveis à vista. Nenhum deles parece ter mais de 30 anos de idade. Dizem que não esperam morrer jamais.
Seria necessário um livro para registrar as conversações que têm sido mantidas com os homens e mulheres dos discos voadores. Sua fala é rápida, certa e objetiva. Parecem ser muitíssimo inteligentes. Falam livremente e respondem a todas as perguntas, mas mentem a respeito de coisas que não querem que saibamos (como recusando a revelar sua verdadeira origem subterrânea e fingindo vir de outros planetas, como Marte e Vênus).

Aqui estão umas poucas e breves afirmativas feitas pelos pequenos homens e mulheres que vivem dentro da Terra: Vangloriam-se de sua mentalidade e conhecimento superiores e que eles têm mais habilidade criativa do que nós. Dizem estarem muito a nossa frente relativamente a novas invenções. Por exemplo, alegam que seus discos voadores são movidos pela 'energia livre' (querendo significar a energia eletromagnética do espaço que é grátis e não como o combustível usado nos nossos aviões). Asseveram que obtêm a 'energia livre' da explosão de certos átomos pela ação da energia eletromagnética do espaço, quando em vôo. Dizem que estão milhares de anos a nossa frente em todas as artes, tais como pintura, escultura e projetos arquitetônicos. Estão também a nossa frente em administração comercial e doméstica e em técnicas agrícolas; e que os seus lindos panoramas, parques, jardins, pomares e fazendas suplantam de muito os nossos. Alegam também que estão muito a nossa frente nos seus conhecimentos sobre nutrição e dieta. Asseveram que vivem com grande luxo e todavia não têm distinção de classes, não havendo pobreza, nem necessidade de polícia. Dizem que sabem todas as línguas da Terra."

A descrição de Fitch desta civilização superior do interior oco da Terra lembra a Utopia subterrânea de Bulwer Lytton, descrita no seu livro, The Coming Race. Lytton era um rosacruciano e teve acesso, provavelmente, a informações ocultas a este respeito. Ele descreve uma raça superior dentro da Terra, que vivia num estado de abundância e felicidade universal, livre da cobiça, da pobreza e da guerra. Fitch descreve estas pessoas como vivendo sob um sistema econômico pelo qual possuem todas as coisas em comum, sem engrandecimento ou entesouramento privados, e sem distinção de classes de ricos e pobres, capitalistas e operários. Têm também um sistema eqüitativo de distribuição, livre da exploração e da usura; e não há pobreza entre eles uma vez que estão todos na base de uma perfeita igualdade, através de um sistema de propriedade comum. Eles não têm propriedade privada e trabalham juntos, cooperativamente, pelo seu bem-estar comum. Fitch escreve:
"Eles dizem que conhecem todos os segredos de cada governo. Dizem que são de inteligência e autoridade mais elevada. Uma vez que são nossos superiores têm autoridade sobre nós. Alegam serem especialistas em telepatia mental. Asseveram que vêm de uma raça antediluviana (Lemúria e Atlântida). Dizem não saber coisa alguma a respeito do nosso Jesus e que a nossa Bíblia tem sido mal traduzida, mal interpretada e mal elaborada. Asseveram serem uma raça que não decaiu como o fizemos. Dizem que deveríamos ter um governo mundial. Dizem também que deveríamos nos livrar das bombas nucleares e dos armamentos. Dizem que todos os seus esforços são pela paz e que a nossa paz é devida aos seus esforços em nosso favor, e que nos salvaram de mergulharmos numa guerra nuclear suicida e que devemos tomá-los como nossos guias...

2 comentários:

  1. Há um engano aí; este Raymond Bernard de 'Terra Oca', e o Raymond Bernard pai de Christian Bernard NÃO são a mesma pessoa.

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