O nome proveio da forma exterior destes canais nos edifícios da Idade Média, particularmente de igrejas e catedrais (notabilizam-se as de catedrais como a de Notre-Dame de Paris e a de Colónia): a pedra era esculpida em forma de seres monstruosos, diabólicos e pertencentes ao reino da fantasia que contrastava com a ortodoxia cristã do interior dos templos, sendo por isso elementos muito propícios a serem feitos de acordo com o resultado da imaginação dos pedreiros. Uma das origens apontadas para o tema gárgula é a da lenda da Gargouille, animal pertencente à crença popular que vivia numa gruta próxima ao rio Sena, que engolia pessoas e embarcações e cuja cabeça foi colocada na parede da igreja que o padre que o venceu mandou construir no local.
Nos edifícios do Egito e da Grécia, a forma eleita na maioria das vezes era a de leão, animal não só temido nestas zonas como também invocado como protetor. As formas fabulosas e zoomórficas difundiram-se muito na época medieval, foram-se alongando e adquirindo cada vez mais detalhe, mas com a Renascença simplificaram-se, passando a ser as gárgulas esculpidas à imitação de canhões. Posteriormente, houve também um renascimento das imagens medievais, sobretudo com os ecletismos do século XIX. Com a evolução das técnicas arquitetónicas, as gárgulas passaram a ter uma função meramente decorativa.
gárgulas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-07-16].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$gargulas>.
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