sábado, 14 de julho de 2012

A Era Viking


Introdução
Os vikings eram povos que habitavam a região da Península da Escandinávia (extremo norte da Europa) nas épocas Antiga e Medieval. Foram também chamados de normandos pelos franceses e italianos na Idade Média. A palavra viking origina-se do normando “vik” cujo significado mais provável é “homens do norte”. 

Conforme as fontes literárias para a Era Viking (Eddas e Sagas),os vikings não eram particularmente religiosos, eram muito mais pragmáticos e realistas. No paganismo nórdico não havia fanatismo, mas nas suas práticas haviam rituais e culto aos ancestrais. A magia caracterizava-se por uma religiosidade xamânica baseada no contato com os mundos sobrenaturais, para a obtenção de conhecimento.

A Era Viking é o nome da última parte do início da Idade do Ferro na Escandinávia. Hoje,de um modo um tanto controverso, a palavra viking também é usada como um adjetivo genérico que se refere aos escandinavos. A população escandinava medieval é referida de um modo mais apropriado como nórdicos.
Os vikings,por vezes usa-se a forma aportuguesada "viquingues", eram guerreiros-marinheiros da Escandinávia que entre o final do século VIII e o século XI invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e Ilhas Britânicas. Embora sejam conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição,  eles também fundaram povoados e fizeram a expansão do comércio pacificamente.

Os vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grande parte da Inglaterra,viajaram pelos rios da França e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio. A principal razão que se crê estar por trás das invasões foi a superpopulação causada pelo avanço tecnológico do uso do ferro.
Para o povo que vivia na costa, foi natural a procura por novas terras pelo oceano. Outra razão foi que, nesse período, vários países europeus encontravam-se envolvidos em conflitos internos, sendo portanto presas fáceis para a organização viking. O amor à aventura e o sucesso militar, característico de uma cultura que valorizava os feitos heróicos das sagas, deve ter sido outro fator.

Os Vikings eram também experts na fabricação de objetos de de uso diário, armas e jóias. Grande parte da arte do tempo dos Vikings foi gravada ou esculpida em madeiras, decoradas com complexos desenhos entrelaçados de animais .
Eles prestavam cultos a muitos deuses. Odin, Thor e Frey eram mais cultuados. O martelo do deus Thor, o mais venerado, era como um berloque que usavam para atrair a boa sorte.
No período viking a Noruega conheceu um desenvolvimento notável: a agricultura, o comércio e a construção de barcos foram as atividades mais importantes. Tudo o que se sabe sobre o passado desse país está baseado em lendas, nas famosas sagas que descrevem as aventuras marítimas dos temíveis guerreiros bárbaros.

 
Seus navios drakkars (dragões) permitiam que os vikings navegassem longas distâncias, além de trazer vantagens táticas em batalhas. Eles podiam realizar eficientes manobras de ataque e fuga, nas quais atacavam rápida e inesperadamente, desaparecendo antes que uma contra-ofensiva pudesse ser lançada. Os navios dragão podiam também navegar em águas rasas, permitindo que os vikings entrassem em terra através de rios.
Embarcação Viking
Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles e não nórdica, eles jamais utilizaram tais elmos,  sendo bem simples, tal como os seus posteriores sucessores, os Normandos usavam.

Essas características não passam de uma invenção artística das óperas do século XIX, que reforçavam as nacionalidades, no romantismo, e que visavam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis (o que nunca foram), pois a sua aparência era incerta.
Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cónicos e sem chifres. Não existe qualquer tipo de evidência científica paleográfica, histórica, arqueológica e epigráfica de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos, ou com asas.

Nordicos

A Magia das Runas
A magia rúnica servia como uma escrita secreta para a comunicação em ações militares e nos procedimentos mágicos, que iam desde a proteção aos encantamentos em geral. A arte divinatória era utilizada pelos vikings, mas desconhecem-se os métodos exatos para consultá-las. Os métodos de runas invertidas e a runa branca são invenções contemporâneas derivadas do Tarô Medieval, não havendo vínculos com a cultura original da Era Viking.
Somente com o advento da Era Viking, as runas foram empregadas para textos longos, geralmente talhadas em suportes pétreo (estelas, monumentos funerários feitos em blocos de pedra), madeira, ossos e couro. A partir da forma padrão do rúnico germânico (futhark antigo, com 24 sinais alfabéticos), os Vikings inventaram duas variações:as de rama longa (futhark dinamarquês) e o rama curta (futhark sueco), ambos de 16 sinais.

O significado da palavra (rúnar) era: "saber secreto,segredos." Em muitos rituais, as runas eram gravadas enquanto eram recitadas fórmulas mágicas (galdr) e eram pintadas com o sangue de animais sacrificados (blóts). Segundo a mitologia nórdica, Odin teria descoberto as runas, durante seu auto-sacrifício na árvore Yggdrasill.
Como Odin também está associado à poesia e a magia, as runas acabaram tendo uma relação estreita com esses dois. As runas para adivinhação, geralmente, eram gravadas em pedaços de madeira (desde os tempos de Tácito), ossos e pedaços de pedra.
O Grande Deus da guerra e dos mortos, Odin, é considerado o pai das runas sagradas que, através da prática do xamanismo, entrava em transe e supostamente viajava em espírito à terra dos mortos, para visitar os Deuses e obter conhecimento.
Odin aparece dependurado na árvore do mundo, a Yggdrasill, perfurado por uma espada, descrito no poema de Hámával. Sacrifício voluntário feito para aquisição de conhecimentos secretos e oculto, pois ao ser capaz de olhar para baixo da árvore da vida e levantar as runas, soube decifrar toda a sua magia.

O deus Nórdico Odin
Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn) é considerado o deus principal da mitologia nórdica.
Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.
Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, desde onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos. Durante o combate brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito patas, chamado Sleipnir.
Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Ve, esposo de Frigg e pai de muitos dos deuses. tais como Thor, Baldr, Vidar e Váli. Na poesia escáldica faz-se referência a ele com diversos kenningar, e um dos que são utilizados para mencioná-lo é Allföðr ("pai de todos").

Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas filhas, as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate, os einherjer, que se sentam a seu lado no Valhalla de onde preside os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Nesta batalha o deus será morto e devorado pelo feroz lobo Fenrir, que será imediatamente morto por Vidar, que, com um pé sobre sua garganta, lhe arrancará a mandíbula.

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